10 de fev 2025
PT critica declarações de Hugo Motta sobre 8 de janeiro e semipresidencialismo
Hugo Motta, presidente da Câmara, nega que ataques de 8 de janeiro foram golpe. Críticas do PT destacam que proposta de semipresidencialismo limita a democracia. Motta busca diálogo com o STF após repercussão negativa de suas declarações. Acordo com oposição bolsonarista visa evitar surpresas sobre anistia a condenados. Críticas externas, como de Marcelo Rubens Paiva, reforçam tensão política atual.
Brasília (DF) 07/02/2024 – A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) é a convidada do programa na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) - `DR com Demori. (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)
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Membros do Partido dos Trabalhadores (PT) criticaram o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), após suas declarações sobre os ataques de 8 de janeiro de 2023, que ele afirmou não serem uma tentativa de golpe. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, manifestou sua desaprovação à proposta de emenda à constituição (PEC) que visa implementar o semipresidencialismo no Brasil, alegando que isso retiraria da população o direito de eleger um presidente com plenos poderes. A PEC, que já conta com 179 assinaturas, foi protocolada na Câmara na última semana.
Motta, que sinalizou apoio à PEC, afirmou que não pretende acelerar sua tramitação. Em resposta às críticas, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) considerou absurdo negar a tentativa de golpe, citando evidências coletadas na CPI do Congresso e investigações do STF. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), planeja discutir com Motta a inclusão de um projeto de anistia para condenados por atos antidemocráticos na pauta da Câmara.
Após a repercussão negativa de suas declarações, Motta contatou ministros do STF, incluindo Alexandre de Moraes, para esclarecer que não pretendia minimizar os ataques e que defende punições severas para os responsáveis. Ele argumentou que sua intenção era pleitear penas mais brandas para aqueles que não participaram ativamente dos atos de vandalismo. A movimentação de Motta ocorre em paralelo a um acordo com a oposição bolsonarista para evitar surpresas em relação à anistia dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.
O acordo firmado entre Motta e a oposição bolsonarista visa garantir que a proposta de anistia só seja pautada quando houver consenso sobre sua viabilidade. Motta, que já se manifestou favorável à discussão da anistia, enfatizou que o tema gera tensão entre os poderes e que sua gestão buscará evitar instabilidades. Ele também destacou que a anistia não foi uma condição imposta por Jair Bolsonaro para seu apoio à presidência da Câmara, mas que o ex-presidente desejava que não houvesse empecilhos para sua tramitação.
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