Powell reafirma no Congresso que não há urgência para reduzir as taxas de juros

Jerome Powell, presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, compareceu ao Congresso nesta terça-feira, marcando sua primeira aparição desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca. Em sua declaração inicial, Powell evitou comentar sobre medidas econômicas, como tarifas, que poderiam impactar a inflação, e reafirmou que não há pressa para reduzir as taxas de juros. Ele afirmou: “Com nossa postura de política monetária agora significativamente menos restritiva, não precisamos ter pressa para ajustar nossa política.”

Powell destacou que a economia está em um bom momento, com o Produto Interno Bruto (PIB) crescendo 2,5% em 2024, impulsionado pelo consumo. O mercado de trabalho permanece sólido, com uma média de 189.000 novos empregos por mês nos últimos quatro meses e uma taxa de desemprego estável em 4% desde o meio do ano passado. Ele observou que as condições do mercado de trabalho não estão gerando pressões inflacionárias significativas.

Sobre a inflação, Powell mencionou que, embora tenha diminuído nos últimos dois anos, ainda está acima da meta de 2%. Ele se preparou para enfrentar críticas de republicanos e democratas sobre sua política monetária, especialmente após comentários de Trump, que culpou a Reserva Federal pela inflação. Trump declarou que, se a Fed tivesse se concentrado menos em questões de diversidade e energia verde, a inflação não teria se tornado um problema.

Em resposta a críticas sobre a necessidade de cortes nas taxas de juros, Powell se recusou a comentar diretamente as declarações de Trump, afirmando que a Fed continuará a focar em suas metas. “O público deve confiar que seguiremos fazendo nosso trabalho como sempre fizemos,” disse ele, enfatizando a importância de manter a calma e a eficácia nas ações da instituição.