Trump assina decreto para reverter uso de canudos de papel e retomar plásticos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou hoje, 10 de fevereiro de 2024, uma ordem executiva que permite o uso de canudos de plástico em larga escala, revogando uma medida anterior de Joe Biden que visava reduzir o uso de plásticos descartáveis. Durante a assinatura, Trump criticou os canudos de papel, afirmando que eles "não funcionam" e que são inadequados para bebidas quentes, descrevendo a situação como "ridícula". A nova ordem é vista como um retrocesso em relação aos esforços de Biden para eliminar gradualmente o uso de plásticos até 2035.

A decisão de Trump contraria a iniciativa de Biden, que estabeleceu metas para a eliminação de utensílios plásticos, incluindo canudos, talheres e copos, em operações federais. Trump, ao justificar sua ação, declarou que não acredita que o uso de plástico impacte significativamente a vida marinha, mencionando que "o plástico não afetará muito um tubarão enquanto ele mastiga". A medida é parte de uma campanha mais ampla de Trump contra o ambientalismo, que inclui a retirada dos EUA do Acordo de Paris.

Além disso, a Casa Branca divulgou uma imagem de um refrigerante com canudo de plástico para promover a nova política. Trump já havia expressado sua intenção de revogar as normas de Biden em suas redes sociais, onde se referiu à proibição de canudos plásticos como uma medida "morta". A ordem executiva não foi disponibilizada imediatamente, mas deve desfazer os esforços do governo anterior para reduzir a poluição plástica, que é amplamente criticada por seus impactos ambientais.

Os canudos de plástico são frequentemente citados como símbolos da poluição, pois demoram mais de 200 anos para se decompor e não são recicláveis na maioria das circunstâncias. A decisão de Trump ocorre em um contexto onde muitos países estão implementando proibições de plásticos de uso único, enquanto a quantidade de resíduos plásticos no meio ambiente deve aumentar significativamente nas próximas décadas, segundo a OCDE.