Paes e Flávio Bolsonaro trocam farpas sobre segurança e show de Lady Gaga no Rio

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se envolveram em uma troca de ofensas nas redes sociais, intensificando a disputa política em meio a críticas sobre a segurança pública na cidade. A discussão começou após Paes responder a críticas do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que questionou a prioridade do show da cantora Lady Gaga, programado para o dia 3 de maio, em meio a episódios de violência. Paes desafiou Flávio a deixar seu cargo no Senado e concorrer ao governo estadual em 2026, chamando-o de "rei da rachadinha" e insinuando que sua família tem "dedo podre".

Flávio, por sua vez, criticou a gestão de Paes, afirmando que a segurança pública no Rio nunca funcionaria sob sua administração e seus aliados petistas, que, segundo ele, "romantizam o crime". O senador também mencionou a ineficácia da Guarda Municipal, que estaria mais focada em multar motoristas do que em atuar em conjunto com as polícias estaduais. Em resposta, Paes lembrou que a segurança é responsabilidade do governo do estado, atualmente sob o comando de Cláudio Castro, do mesmo partido de Ferreira, e acusou Flávio de proteger aliados do PL.

A tensão aumentou quando Paes compartilhou um vídeo de Flávio passando mal durante um debate em 2016, relembrando o caso das "rachadinhas", que envolve investigações sobre movimentações financeiras atípicas ligadas ao senador. O prefeito também ironizou a mansão de Flávio, insinuando que foi adquirida com dinheiro de propinas. A discussão se intensificou com Flávio acusando Paes de fazer parte de esquemas de corrupção e questionando a prioridade do show em vez de investimentos em saúde e segurança.

A troca de farpas entre os políticos reflete um clima eleitoral acirrado, com ambos se posicionando para as eleições de 2026. Paes, que já derrotou candidatos do PL nas eleições passadas, promete trabalhar para manter a oposição ao grupo de Flávio, enquanto o senador tenta deslegitimar a gestão do prefeito, apontando falhas na segurança pública e na administração municipal.