Política

Greenpeace critica adesão do Brasil à Opep+ e alerta para riscos climáticos

O Brasil foi convidado a integrar a Opep+ há mais de um ano, gerando controvérsias. A adesão foi aprovada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em 18 de março. Especialistas do Greenpeace Brasil alertam sobre riscos à transição energética do país. A adesão à Opep+ é não vinculante, sem obrigações de corte na produção de petróleo. Críticos sugerem que o Brasil deveria focar em energias renováveis e não em combustíveis fósseis.

Petróleo (Foto: Getty Images/VEJA)

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Especialistas do Greenpeace Brasil expressam preocupações sobre a recente decisão do Brasil de integrar a Opep+, anunciada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em 18 de fevereiro de 2024. A adesão ao grupo, que reúne países produtores de petróleo, é vista como um retrocesso para a transição energética e os compromissos do país no Acordo de Paris. Camila Jardim, especialista em política internacional, destaca que essa escolha pode comprometer a liderança climática do Brasil, especialmente em um ano marcado pela COP30 e por recordes de temperatura.

Jardim enfatiza que, segundo a ciência, o pico das emissões de carbono deve ocorrer em 2025, com uma meta de redução de 43% até 2030. A adesão à Opep+ pode desviar investimentos de energias renováveis, essenciais para garantir segurança energética e desenvolvimento sustentável. Pablo Nava, especialista em Transição Energética, sugere que o Brasil poderia fortalecer sua posição internacional sem se alinhar a um grupo focado em combustíveis fósseis, explorando relações em fóruns multilaterais que promovam uma economia de baixo carbono.

O ministro Silveira, por sua vez, defende que a adesão à Opep+ é uma entrada em um fórum consultivo, sem obrigações vinculantes. Ele esclarece que a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) não implica em submissão a cortes de produção de petróleo, mas sim em uma plataforma de debate sobre estratégias entre países produtores. Silveira também mencionou a adesão do Brasil a duas agências internacionais de energia, a Agência Internacional de Energia (IEA) e a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), que visam fortalecer o futuro energético do país.

A posição do governo é de que a participação na Opep+ permitirá ao Brasil interagir com outros países produtores de petróleo, mas sem comprometer sua agenda climática. No entanto, especialistas alertam que essa estratégia pode ser um passo atrás em um momento em que o mundo busca novas soluções energéticas e um modelo econômico mais sustentável.

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