19 de fev 2025
Irã considera mudar capital para Makran diante de problemas urbanos e ambientais
O presidente Masoud Pezeshkian propôs mudar a capital do Irã para Makran, citando problemas urbanos em Teerã. Teerã enfrenta congestionamento, poluição e afundamento, com 18 milhões de habitantes. A mudança para Makran, considerada subdesenvolvida, enfrenta resistência por custos e vulnerabilidade. Especialistas destacam a importância histórica de Teerã e sua localização estratégica em emergências. A realocação pode custar cerca de US$ 100 bilhões, aumentando os desafios financeiros do Irã.
Foto:Reprodução
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Diante de problemas como trânsito congestionado e afundamento da superfície terrestre, o Irã considera mudar sua capital de Teerã para uma nova localização no Golfo de Omã. A proposta, que surgiu após a Revolução Islâmica de 1979, foi reavivada pelo presidente reformista Masoud Pezeshkian, que citou desafios crescentes, como escassez de água e poluição extrema. A porta-voz do governo, Fatemeh Mohajerani, confirmou que a região de Makran está sendo avaliada, embora sem um cronograma definido.
Makran, uma área costeira subdesenvolvida, é vista como uma potencial nova capital. O Ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, afirmou que a região deve se tornar um centro econômico do Irã. Pezeshkian também destacou que a mudança é necessária devido à deterioração das condições em Teerã. No entanto, a proposta gerou debates sobre a importância histórica da cidade, que é a capital desde 1786 e abriga cerca de 18 milhões de pessoas.
Apesar das vantagens apontadas, como acesso a águas abertas e menor vulnerabilidade a terremotos, muitos se opõem à mudança. O engenheiro Kamyar Babaei defendeu que Teerã representa a identidade iraniana, enquanto o professor Ali Khaksar Rafsanjani ressaltou a segurança estratégica da cidade atual. O ex-prefeito Pirouz Hanachi acredita que os problemas de Teerã podem ser resolvidos com investimento.
A realocação da capital pode exigir um orçamento de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 571 bilhões), segundo o ex-ministro do Interior Ahmad Vahidi. Embora Makran tenha potencial para se tornar um centro comercial, a mudança acarretaria altos custos e desafios logísticos. Além disso, a região enfrenta riscos ambientais, como mudanças climáticas e escassez de recursos hídricos, que podem limitar seu desenvolvimento. A escolha de Makran também pode refletir ambições estratégicas do Irã para competir com portos como Dubai e Gwadar.
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