19 de fev 2025
CIA intensifica operações com drones no México para monitorar cartéis de drogas
A CIA intensificou operações com drones MQ 9 Reaper para monitorar cartéis no México. As missões, não divulgadas anteriormente, aumentam tensões entre EUA e México. A designação de cartéis como terroristas pode permitir ações militares sem consentimento. A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, defende a soberania do país em resposta. A relação bilateral é complicada por tarifas, imigração e questões de segurança.
Presidente dos EUA, Donald Trump, durante entrevista coletiva ao lado do premier da Índia, Narendra Modi, na Casa Branca (Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP)
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A CIA dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, tem realizado operações secretas com drones MQ-9 Reaper sobre o México para monitorar atividades de cartéis de drogas, conforme informações obtidas pela CNN. Essas missões, que não foram previamente relatadas, fazem parte da estratégia de Trump para reforçar a segurança na fronteira sul dos EUA e incluem a tentativa de classificar os cartéis como organizações terroristas, embora essa designação ainda não tenha sido formalizada. Os drones, desarmados, são utilizados para vigilância, mas podem ser armados para ataques de precisão se necessário.
As operações mais recentes, notificadas ao Congresso como parte de um programa secreto, indicam uma escalada nas ações da CIA, que anteriormente colaborava com autoridades mexicanas. Um porta-voz da agência afirmou que "combater cartéis de drogas no México é uma prioridade", destacando a determinação do diretor John Ratcliffe em utilizar a expertise da CIA contra o narcotráfico. A ordem de Trump para designar cartéis como terroristas foi emitida logo após sua posse, visando aumentar a pressão sobre o México para conter o tráfico de drogas.
A relação entre os dois países se torna mais tensa, especialmente com a possibilidade de que a designação dos cartéis como terroristas permita que os EUA enviem forças militares ao México sem consentimento. O México, que tem cooperado com os EUA no combate ao narcotráfico por mais de 30 anos, pode ameaçar encerrar essa colaboração caso sua soberania seja violada. A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, expressou que o país não permitirá que sua dignidade seja pisoteada e que a cooperação deve respeitar a soberania nacional.
Recentemente, Trump acusou o governo mexicano de estar "governado em boa medida pelos cartéis", justificando medidas mais rigorosas contra o crime organizado. Em resposta, Sheinbaum convocou uma reunião com seus principais assessores para discutir estratégias frente às pressões de Trump. As tensões aumentam com a possibilidade de tarifas e a questão da imigração, enquanto o governo mexicano busca manter um diálogo respeitoso, mas firme, com os Estados Unidos.
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