Governadores Zema e Ratinho Júnior mantêm silêncio sobre denúncia contra Bolsonaro

Integrantes da cúpula do PL expressam sua irritação com a postura dos governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), em relação à denúncia contra Jair Bolsonaro. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou um documento na terça-feira, acusando o ex-presidente de liderar uma tentativa de golpe de Estado. Enquanto Zema e Ratinho Júnior optaram pelo silêncio, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu Bolsonaro publicamente.

No PL, a crítica principal é que Zema e Ratinho Júnior buscam se posicionar como alternativas da direita para as eleições de 2026, contando com o apoio de Bolsonaro, mas evitando o desgaste de defendê-lo. Há uma percepção de que ambos também tentam evitar conflitos com o Supremo Tribunal Federal (STF). Essa estratégia de cautela reflete uma preocupação com as repercussões políticas de suas escolhas.

Tarcísio de Freitas, por sua vez, utilizou as redes sociais para afirmar que Bolsonaro “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do estado democrático de direito”. Essa declaração ignora as evidências apresentadas pela Polícia Federal e destacadas pela PGR na denúncia sobre o suposto golpe, evidenciando a divisão de posturas entre os governadores.

A situação revela um cenário tenso dentro da direita brasileira, onde a busca por apoio popular e a manutenção de uma imagem política sólida se chocam com as implicações legais e éticas das ações de Bolsonaro. A estratégia de cada governador pode influenciar suas candidaturas futuras e a dinâmica política do país nos próximos anos.