Janja da Silva enfrenta críticas crescentes e queda de popularidade no governo Lula

A queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem levado adversários a intensificarem as críticas à primeira-dama Janja da Silva. Interlocutores do Palácio do Planalto reconhecem que sua atuação tem contribuído para desgastes na gestão. Recentemente, Janja enfrentou repercussões negativas após um descuido em suas redes sociais, onde revelou informações sobre a águia da Portela, levando a uma onda de críticas e à retirada da publicação.

Pesquisas indicam que 58% dos brasileiros têm uma imagem negativa da primeira-dama, um aumento significativo em relação a 40% em outubro. Análises de redes sociais mostram que 53,4% das menções a Janja desde o início do ano foram negativas. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) gerou polêmica ao publicar um vídeo que ironiza a situação, acumulando 32 milhões de visualizações. Além disso, parlamentares têm acionado o Ministério Público Federal para questionar despesas e a falta de transparência na agenda de Janja.

Internamente, a postura de Janja tem gerado desconforto no governo, levando Lula a restringir sua presença em algumas reuniões. Em defesa da esposa, o presidente afirmou que ela tem liberdade para atuar politicamente e que sempre houve espaço para diálogo em sua casa. A chegada do marqueteiro Sidônio Palmeira à Secretaria de Comunicação resultou em mudanças na estratégia digital de Janja, que agora foca em conteúdos mais descontraídos, embora isso não tenha agradado a todos os aliados.

A oposição tem utilizado a figura de Janja para criticar o governo, com o líder da oposição, Zucco (PL-RS), protocolando requerimentos de informação sobre seu papel na gestão. Janja é vista como símbolo de gastos excessivos e falta de transparência, especialmente após sua interferência em nomeações ministeriais. Apesar das críticas, aliados minimizam seu impacto na avaliação do governo, ressaltando que a insatisfação geral amplifica as reclamações sobre sua influência.