Política

Bancada evangélica enfrenta divisão histórica na escolha de novo líder

A bancada evangélica no Congresso enfrenta racha interno e divergências políticas. Eleição de novo líder ocorrerá nesta terça feira (25) entre Otoni e Nascimento. Votação será por cédulas, refletindo a fragmentação do grupo desde 2003. O resultado influenciará a orientação política da bancada em relação a Lula. Eleitores evangélicos crescem no Brasil, tornando se crucial para eleições futuras.

Otoni de Paula (MDB-RJ), Greyce Elias (Avante-MG) e Gilberto Nascimento (PSD-SP) (Foto: Kayo Magalhães e Mario Agra/Câmara dos Deputados)

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A bancada evangélica no Congresso Nacional se prepara para eleger um novo líder nesta terça-feira, 25 de junho, em meio a divergências internas sobre sua posição em relação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Composta por 246 deputados e senadores, a frente parlamentar enfrenta um racha que impede a construção de uma candidatura de consenso, levando à necessidade de votação em vez da tradicional aclamação. A eleição será realizada por cédulas, com a contagem supervisionada por um indicado do atual presidente da bancada.

Três deputados estão na disputa pelo comando, com a expectativa de que a votação defina a orientação política da bancada evangélica. O clima entre os candidatos, Otoni de Paula e Gilberto Nascimento, tem se intensificado, com acusações mútuas de disseminação de boatos para prejudicar as candidaturas. Otoni afirma que Nascimento abrirá espaço para uma influência maior de figuras como Silas Malafaia e Jair Bolsonaro, o que Nascimento nega.

As divisões na bancada não são novas; em 2023, a necessidade de uma eleição por cédula já havia sinalizado uma fragmentação crescente. Naquela ocasião, um processo eleitoral foi anulado devido a discrepâncias entre o número de votos e registros de deputados. Um acordo posterior entre os deputados Eli Borges e Silas Câmara resultou na divisão do comando da frente parlamentar.

A eleição de hoje é vista como crucial para o alinhamento político da bancada evangélica, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando. A influência do eleitorado evangélico tem crescido, com 31% dos brasileiros se identificando como evangélicos, segundo um levantamento do Datafolha de 2020. Essa fatia do eleitorado, especialmente entre as mulheres, que chega a 58%, tem levado candidatos a adotar estratégias específicas para conquistar esse público, como a divulgação de compromissos por Lula em eventos com lideranças religiosas durante a campanha de 2022.

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