Putin nega aceitação de força de paz europeia na Ucrânia e contradiz Trump

O governo da Rússia reafirmou, nesta terça-feira, 25, sua oposição à presença de uma força de manutenção de paz europeia na Ucrânia após o término da guerra. A declaração contrasta com a afirmação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sugeriu que Moscou estaria aberta à ideia. O presidente russo, Vladimir Putin, tem se manifestado contra a presença de tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em território ucraniano, considerando essa possibilidade uma “ameaça direta” à soberania russa, conforme destacou o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.

Em resposta aos comentários de Trump, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, evitou contradizer diretamente o presidente americano, mas reiterou a posição russa contrária à proposta. Peskov mencionou que a posição de Lavrov já havia sido expressa e não havia mais a acrescentar. Trump, ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que tanto ele quanto Putin aceitariam a ideia de forças de paz europeias após um acordo para encerrar o conflito.

Putin, por sua vez, indicou que as negociações ainda estão em estágios iniciais e que um envolvimento europeu seria “lógico”. Ele elogiou a abordagem racional de Trump em relação ao conflito, mas sugeriu que uma solução pode não estar próxima. O presidente russo afirmou que tanto a Rússia quanto os Estados Unidos precisam dar o primeiro passo para resolver as questões complexas relacionadas à Ucrânia.

Enquanto isso, um ataque aéreo russo resultou em ferimentos a uma mulher de 44 anos e danificou residências na região de Kiev. A força aérea ucraniana emitiu alertas de ataque aéreo em todo o país, enquanto a Polônia enviou aeronaves para proteger seu espaço aéreo. O Ministério da Defesa da Rússia informou que interceptou e destruiu 19 drones ucranianos na noite anterior, com a Ucrânia conseguindo atingir alvos militares e industriais na região.