Política

Governo do Rio de Janeiro nega visita do Ministério da Cultura a antigo Dops por motivos políticos

O governo do Rio de Janeiro, liderado por Cláudio Castro, rejeitou visita ao Dops. A negativa oficial foi de segurança, mas fontes indicam motivação política. O prédio, em deterioração, é local de torturas da ditadura militar. O Ministério da Cultura planeja criar um centro de memória no local. Críticas aumentam sobre a postura do governo em relação à memória histórica.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) (Foto: Reprodução/GloboNews)

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O governo do estado do Rio de Janeiro, sob a gestão de Cláudio Castro (PL), negou um pedido do Ministério da Cultura para realizar uma visita técnica ao antigo prédio do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) nesta terça-feira, 26. O local, que foi cenário de prisões e torturas durante a ditadura militar, está em estado avançado de deterioração. A justificativa oficial para a negativa foi que o prédio está fechado para visitação, segundo informações publicadas pela coluna de Bela Megale, do jornal O Globo, e confirmadas pelo UOL.

Representantes do governo estadual, no entanto, indicaram que a decisão foi de natureza política. O chefe de gabinete do governador, Rodrigo Abel, afirmou que a solicitação seria analisada apenas após o Carnaval. Ele comentou que a visita em meio à festividade poderia ser interpretada como uma tentativa de utilizar recursos do governo federal para lazer. O UOL tentou contato com o governo do Rio, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.

O secretário-executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares, criticou a declaração de Abel, afirmando que a situação é um fato e que o governo do Rio está criando obstáculos por motivos políticos. Tavares destacou que os servidores que foram impedidos de visitar o local retornaram a Brasília após o ocorrido. O ministério reiterou sua intenção de agendar a visita, enfatizando que a sociedade tem demandado uma destinação para o edifício, que permanece abandonado desde o fim da ditadura.

A proposta do Ministério da Cultura é transformar o prédio em um centro de memória, um espaço que visa preservar a história e promover a reflexão sobre os abusos cometidos durante o regime militar. A negativa do governo estadual levanta questões sobre a transparência e a disposição em lidar com o passado recente do país.

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