Política

Presidente da Sérvia adota postura conciliadora diante das persistentes manifestações estudantis

O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, enfrenta protestos juvenis após tragédia. Estudantes exigem reformas e criticam corrupção, desafiando o governo. Vucic promete investigar corrupção e remodelar governo em 30 a 40 dias. A União Europeia pressiona por reformas e combate à corrupção na Sérvia. A insatisfação popular pode impactar a estabilidade política e geopolítica da região.

Protesto estudantil em 5 de fevereiro em Belgrado. No cartaz está escrito: "Vocês têm as mãos manchadas de sangue". (Foto: Juan Navarro)

Protesto estudantil em 5 de fevereiro em Belgrado. No cartaz está escrito: "Vocês têm as mãos manchadas de sangue". (Foto: Juan Navarro)

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O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, enfrenta uma onda de protestos juvenis que começou após um trágico acidente em uma estação ferroviária em Novi Sad, onde quinze pessoas morreram em um desabamento. Desde então, milhares de estudantes têm se mobilizado contra o que consideram um modelo falido de governo, em uma revolução geracional que critica a corrupção e a falta de oportunidades. Vucic, que está no poder há mais de uma década, alterou sua abordagem, passando de ataques a uma postura mais conciliadora, prometendo investigar a corrupção e pedindo disciplina a seus apoiadores.

Os universitários, que não vivenciaram as manifestações contra o regime de Slobodan Milosevic, afirmam que a estrutura do Estado serve apenas aos interesses de Vucic. O presidente, que já havia chamado os manifestantes de "títeres", agora tenta dialogar, reconhecendo a empatia popular em relação aos estudantes. Recentemente, ele anunciou que espera remodelar seu governo em um prazo de 30 a 40 dias, buscando garantir a estabilidade política no país.

A União Europeia quebrou o silêncio sobre os protestos, enfatizando a necessidade de fortalecer a luta contra a corrupção e garantir a independência judicial para que a Sérvia avance em seu processo de adesão. Um relatório do instituto sueco V-Dem aponta que a Sérvia, junto com outros países da região, enfrenta um retrocesso democrático, com alta percepção de corrupção entre a população. As eleições de 2023 foram consideradas injustas, com irregularidades e pressão sobre a judicatura.

A situação política é complexa, com Vucic mantendo controle sobre a mídia e a oposição, que é vista como fraca ou comprada. Apesar de sua popularidade, o presidente enfrenta um desafio significativo com os jovens, que se distanciam dos partidos tradicionais. A Sérvia também navega em um cenário geopolítico delicado, equilibrando relações com a China e a Rússia, enquanto tenta evitar um alinhamento mais próximo com Moscou. O descontentamento popular e a pressão internacional podem moldar o futuro político do país, especialmente em um contexto de crescente ativismo juvenil.

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