Protestos contra Elon Musk marcam queda nas vendas da Tesla em todo o mundo

Demonstradores se reuniram em mais de 50 showrooms da Tesla nos Estados Unidos no último sábado, protestando contra o CEO Elon Musk e seu papel na redução de agências governamentais, parte do Departamento de Eficiência Governamental criado pelo ex-presidente Donald Trump. Os protestos, parte do movimento denominado “Tesla Takedown”, visam incentivar os acionistas a vender suas ações e se juntar às manifestações. Alex Winter, um dos organizadores, afirmou que o objetivo é criar um "voto de desconfiança" contra Musk.

O movimento também ganhou força internacional, com protestos em Barcelona e programados para Londres, Lisboa e Reykjavik. Em Tucson, Arizona, cerca de 1.000 manifestantes se reuniram, enquanto em Washington, DC, o número de participantes aumentou rapidamente de dois para cerca de 20. Os manifestantes expressaram sua insatisfação com gritos como “Elon Musk tem que ir embora”, refletindo um sentimento crescente de descontentamento entre os consumidores.

As vendas da Tesla enfrentam desafios significativos, com uma queda de 45% na Europa em janeiro e uma diminuição de 12% na Califórnia no ano passado. A empresa também registrou sua primeira queda anual em entregas globais em mais de uma década. Jacob Falkencrone, do banco dinamarquês Saxo, destacou que a "bagagem política" de Musk está afetando a percepção da marca e a lealdade dos consumidores.

Além disso, a Tesla enfrenta crescente concorrência de outras montadoras, como General Motors e Ford, que estão ganhando participação de mercado. Muitos consumidores, descontentes com a postura política de Musk, estão optando por veículos de outras marcas, como Hyundai e BMW. A situação atual da Tesla reflete um momento crítico, onde a imagem do CEO pode impactar diretamente as vendas e a confiança dos investidores.