03 de mar 2025

Marina Silva evita conflito sobre exploração na Margem Equatorial e defende decisão técnica do Ibama
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfrenta pressão de Lula sobre petróleo. Técnicos do Ibama recomendam negar plano da Petrobras, mas decisão final é de Rodrigo Agostinho. Marina mantém postura técnica, buscando apoio para pautas ambientais no governo. Críticas de Lula ao Ibama relembram tensões passadas entre ambos sobre licenças. Manifesto de aliados de Marina condena pressões para exploração na Margem Equatorial.
Foto:Reprodução
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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfrenta um dilema em relação à exploração de petróleo na Margem Equatorial, mesmo com a pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para liberar a licença de prospecção. Ela afirma que a decisão do Ibama, subordinado à sua pasta, será baseada em critérios técnicos. Recentemente, técnicos do órgão recomendaram a negativa do plano da Petrobras, mas a decisão final caberá ao presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, que considerará outras informações.
Lula criticou a lentidão do Ibama na análise da licença ambiental, referindo-se ao “lenga-lenga” do órgão. Ele elogiou Marina, afirmando que ela “jamais seria contra” as pesquisas de petróleo, mas quer garantir que não haja danos à Amazônia. O novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, é a favor da exploração na região, o que intensifica a pressão sobre o governo.
Marina, que já enfrentou desafios semelhantes em sua primeira passagem pelo ministério, destaca que sua postura permanece a mesma e que não deixará o cargo por conta da situação atual. Ela acredita que as licenças técnicas do Ibama não devem ser influenciadas por suas opiniões pessoais e menciona que, no passado, houve aprovações de projetos com os quais não concordava, como a usina de Angra 3.
A ministra reconhece contradições dentro do governo, mas afirma ter mais apoio para pautas ambientais atualmente. Recentemente, um manifesto assinado por antigos apoiadores de Marina criticou as pressões do governo para a perfuração na foz do Amazonas. Carlos Minc, ex-ministro do Meio Ambiente, defende que o Ibama deve ser respeitado e que a ministra deve agir com cautela, evitando confrontos diretos com Lula, que é o responsável pela decisão final.
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