Trump assina ordem que torna o inglês a língua oficial dos Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que estabelece o inglês como a língua oficial do país. Essa medida permite que agências governamentais e organizações que recebem financiamento federal decidam se desejam oferecer documentos e serviços em outros idiomas. A nova política revoga uma diretriz de 2000, assinada pelo ex-presidente Bill Clinton, que obrigava essas entidades a fornecer assistência linguística a falantes não nativos.

A ordem destaca que a oficialização do inglês visa "agilizar a comunicação" e "reforçar valores nacionais compartilhados", promovendo uma sociedade mais coesa e eficiente. Este é o primeiro reconhecimento federal de uma língua oficial nos quase 250 anos de história dos Estados Unidos. O documento também afirma que as agências não precisam interromper ou alterar a assistência linguística já oferecida.

Trump argumenta que "falar inglês não apenas abre portas economicamente, mas também ajuda os recém-chegados a se envolverem em suas comunidades". A ordem menciona a importância de incentivar a aprendizagem do inglês para que novos cidadãos possam alcançar o sonho americano. Segundo o Censo dos EUA, cerca de 68 milhões dos 340 milhões de residentes falam um idioma diferente do inglês, incluindo mais de 160 línguas nativas americanas.

Historicamente, tentativas anteriores de designar o inglês como língua oficial falharam, com opositores argumentando que tal medida não era necessária e poderia resultar em discriminação. Durante sua campanha presidencial em 2024, Trump criticou a diversidade linguística, afirmando que "é uma coisa muito horrível". Atualmente, mais de 30 estados dos EUA já reconhecem o inglês como língua oficial, enquanto Alasca e Havai também conferem status oficial a várias línguas nativas.