04 de mar 2025
Disputa acirrada entre PL e PT pelas comissões da Câmara dos Deputados se intensifica
Após o Carnaval, deputados disputam formação de comissões na Câmara. PT e PL competem por comissões chave, como Saúde e Educação. União Brasil ou MDB devem assumir a Comissão de Constituição e Justiça. Eduardo Bolsonaro busca a Comissão de Relações Exteriores, gerando tensões. Denúncia no STF contra Eduardo visa apreender seu passaporte por sanções.
Os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ). (Foto: Mário Agra/ Câmara dos Deputados/Reprodução)
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Após o recesso de Carnaval, os deputados iniciarão a disputa pela formação das comissões na Câmara. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), considerada a mais relevante, será liderada pelo União Brasil ou pelo MDB, que possuem a terceira e a quinta maiores bancadas, respectivamente. Essa decisão já foi acordada entre os parlamentares. As comissões de Saúde, Educação e Fiscalização Financeira e Controle estão entre as mais disputadas, com o PL e o PT como principais concorrentes.
O deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) afirmou que o PT deseja a Comissão de Saúde, mas o PL já manifestou interesse. Caso o PL assuma a Saúde, o PT focará em conquistar as comissões de Educação ou Fiscalização Financeira e Controle. Atualmente, o PT preside a Comissão de Saúde com Dr. Francisco (PT-PI) e a de Fiscalização com Joseildo Ramos (PT-BA). A Comissão de Educação é presidida pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), um dos opositores mais ativos na Câmara.
No PL, há um desejo claro de que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) assuma a Comissão de Relações Exteriores. Eduardo tem se articulado com congressistas dos Estados Unidos, especialmente ligados ao ex-presidente Donald Trump. Essa atuação como "chanceler bolsonarista" gerou tensões com aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O líder da bancada petista, Lindbergh Farias (PT-RJ), apresentou uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) para apreender o passaporte de Eduardo, alegando que suas ações são um ataque à soberania nacional.
A denúncia no STF provocou descontentamento entre os parlamentares próximos a Bolsonaro e intensificou o interesse da bancada do PL pela Comissão de Relações Exteriores. A disputa pelas comissões reflete não apenas a dinâmica interna da Câmara, mas também as tensões políticas entre os grupos que compõem o atual cenário legislativo.
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