04 de mar 2025

Erika Hilton é homenageada como Cidadã Honorária do Rio durante desfile da Tuiuti
A deputada federal Erika Hilton (PSOL SP) será homenageada no carnaval carioca. Ela desfilará pela Paraíso do Tuiuti, celebrando Xica Manicongo, primeira travesti. O título de Cidadã Honorária do Rio de Janeiro reconhece sua luta pelos direitos LGBTQIAPN+. O enredo destaca a resistência cultural e a identidade de Xica, escravizada no século XVII. A comissão de frente será composta exclusivamente por mulheres trans, simbolizando inclusão.
Foto:Reprodução
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A terça-feira de carnaval será marcante para a deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP), que desfilará pela Paraíso do Tuiuti e receberá o título de Cidadã Honorária do Rio de Janeiro. A honraria, proposta pela vereadora Thais Ferreira (PSOL), é destinada a pessoas que, embora não tenham nascido na cidade, contribuíram significativamente para o município. Hilton é reconhecida por sua luta pelos direitos da população LGBTQIAPN+ e é a primeira mulher trans eleita deputada federal por São Paulo.
O enredo da Paraíso do Tuiuti, intitulado "Quem tem medo de Xica Manicongo?", retrata a história de Xica Manicongo, considerada a primeira travesti documentada do Brasil. O carnavalesco Jack Vasconcelos desenvolveu a narrativa que destaca a trajetória de Xica, que chegou ao Brasil como escravizada e lutou por sua identidade e liberdade. A apresentação contará com a participação de diversas personalidades do universo LGBTQIAPN+, incluindo Hilton, Duda Salabert (PDT-MG) e Dani Balbi (PCdoB-RJ).
Vasconcelos enfatiza que o enredo busca mostrar que a comunidade trans vai além dos estereótipos. Ele destaca a importância de Xica como um símbolo de resistência e visibilidade. O carnavalesco teve acesso a pesquisas de acadêmicos trans que enriqueceram sua compreensão sobre a personagem, permitindo uma representação mais autêntica e significativa.
A apresentação da Paraíso do Tuiuti incluirá uma coreografia que simboliza a luta de Xica, que foi condenada à morte pelo Tribunal do Santo Ofício por sua identidade de gênero. A história de Xica, embora escassa em registros, é lembrada por sua resistência e por desafiar normas sociais da época. A homenagem durante o desfile visa celebrar sua vida e a luta da comunidade LGBTQIAPN+, promovendo um recado de respeito e aceitação.
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