05 de mar 2025
Deputado propõe renomear rodovia Castello Branco em homenagem a Eunice Paiva
O deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL SP) propôs renomear a rodovia em homenagem a Eunice Paiva. O projeto foi publicado no Diário Oficial da Assembleia Legislativa de São Paulo. Eunice Paiva, casada com Rubens Paiva, viveu tragédias durante a ditadura militar. Cortez defende a ressignificação de nomes que exaltam figuras ligadas à violência. O filme "Ainda Estou Aqui" sobre Eunice ganhou o primeiro Oscar brasileiro na categoria internacional.
Eunice e Rubens Paiva (Foto: Instituto Vladimir Herzog/Reprodução)
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O deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL-SP) protocolou um projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo no dia 28 de fevereiro de 2024, propondo a alteração do nome da Rodovia Presidente Castello Branco para Rodovia Eunice Paiva. O projeto foi publicado no Diário Oficial da Alesp e está em tramitação. A proposta visa homenagear Eunice Paiva, que teve sua vida marcada pela tragédia durante a ditadura militar, quando seu marido, o deputado Rubens Paiva, foi preso e assassinado em janeiro de 1971.
Cortez argumenta que a mudança é necessária para ressignificar nomes de rodovias e outros espaços públicos que celebram figuras associadas à violência e à perseguição de minorias. Ele afirma que isso contraria os princípios democráticos da Constituição Federal. O deputado enfatiza que a homenagem a Eunice é um passo importante para a valorização da memória e da luta por justiça.
A proposta ganha relevância em um contexto recente, já que no último domingo, 2 de março, o filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, que retrata a vida de Eunice Paiva, conquistou o primeiro Oscar do Brasil na categoria de melhor filme internacional. A interpretação de Eunice por Fernanda Torres no filme trouxe à tona a história de resistência e luta por direitos humanos.
A tramitação do projeto de lei e o reconhecimento da história de Eunice Paiva refletem um movimento mais amplo de reavaliação de figuras históricas e de suas legados, buscando promover uma memória que respeite os direitos humanos e a dignidade das vítimas de regimes autoritários.
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