06 de mar 2025
Apoio popular a Bolsonaro revela a fabricação de inimigos internos e táticas autoritárias
O apoio a Jair Bolsonaro é questionável, sem ações sociais relevantes. Críticas incluem mais de 700 mil mortes na pandemia e aumento da pobreza. Bolsonaro sugere que opositores fabricam inimigos internos, revelando manipulação. A estratégia de desinformação visa manter poder e apoio popular. Seu discurso reflete táticas autoritárias, expondo intenções golpistas.
De fato, o ex-presidente conhece como poucos a cartilha do autoritarismo, e a segue com devoção (Foto: Paulo Lopes/AFP)
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O apoio que amplas camadas populares ainda oferecem a Bolsonaro não se origina de suas políticas sociais, uma vez que essas não marcaram seu governo. Curiosamente, mesmo entre seus seguidores mais fervorosos, poucos conseguem citar iniciativas relevantes. Quando questionados, as respostas costumam ser vagas, como o combate ao “comunismo” e a defesa da “família tradicional”. Esses conceitos, embora mobilizadores, carecem de explicações concretas e não são discutidos em profundidade.
Por outro lado, os aspectos negativos de sua gestão são claros e numerosos. O Brasil registrou mais de 700 mil mortes pela pandemia de Covid-19, exacerbadas pela ineficácia do governo. Além disso, 30 milhões de brasileiros enfrentam insegurança alimentar, e houve um desmonte de políticas em saúde, educação e meio ambiente. A criação do “orçamento secreto” e os escândalos de corrupção, como a venda ilegal de joias sauditas, também marcam seu governo, que é acusado de conspirar para um golpe de Estado.
Recentemente, Bolsonaro fez uma declaração que, embora tenha sido uma tentativa de atacar adversários, revela a estratégia de seu governo: “fabricar inimigos internos” para justificar perseguições e censuras. Essa abordagem, que inclui ataques a instituições democráticas e à oposição, tem sido fundamental para consolidar seu apoio, ao mesmo tempo em que desvia a atenção de suas falhas.
O bolsonarismo, ao rejeitar a regulação das mídias sociais, busca manter sua estratégia de desinformação e perpetuação no poder. Essa tática de criar falsos inimigos e fomentar o ódio é reminiscentes de práticas autoritárias do passado. Ao se expor, Bolsonaro revela não apenas suas intenções, mas também a fragilidade de sua narrativa, que se desmorona diante da realidade de seu governo e das consequências de suas ações.
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