Ciro Nogueira pressiona por saída de Fufuca do governo Lula e Planalto reage às queixas

O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas (PP), declarou que a pressão para que o ministro do Esporte, André Fufuca, deixe o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está aumentando. Em entrevista à GloboNews, Nogueira afirmou que Fufuca não deveria ter aceitado o ministério e que não deseja postergar essa decisão. A insatisfação no Centrão se intensifica devido às escolhas ministeriais do governo, que têm priorizado políticos do PT, e à queda na popularidade de Lula, levando a uma reavaliação da aliança com o governo.

Além do PP, outros partidos do centro, como MDB, PSD, União Brasil e Republicanos, também expressam desconforto com a gestão petista. O governo planeja intensificar o diálogo com essas legendas para mitigar as queixas. Nogueira enfatizou que não há compatibilidade entre o PP e o governo Lula, afirmando que o convite ao deputado federal não representa uma adesão formal ao governo. Ele mencionou que a situação tem gerado constrangimento e que há pressão da bancada para uma decisão.

A articulação para a entrada de nomes do PP no governo foi negociada com o então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), visando contemplar parlamentares do Centrão. Além da nomeação de Fufuca, o PP também indicou Carlos Antônio Vieira para a presidência da Caixa Econômica Federal. Nogueira, que sempre foi visto como representante da oposição, busca fortalecer sua aliança com Bolsonaro, com quem se reuniu recentemente.

Em outra frente, Nogueira anunciou que o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, deve deixar o PL para se juntar ao PP e concorrer ao Senado em 2026, com o apoio de Bolsonaro. Derrite, que já foi membro do PP, se destacou na segurança pública, apesar das controvérsias em torno de sua gestão. A migração foi selada em uma reunião entre os três em Angra dos Reis.