07 de mar 2025
Crise política em Portugal adia privatização da TAP por tempo indeterminado
O governo de Portugal planejava vender 49% da TAP até 2023 ou 2026. A crise política pode adiar a venda, com voto de confiança em 11 de março. A derrota de Luis Montenegro resultaria em eleições antecipadas em maio. A TAP é a maior aérea europeia em conexões com o Brasil, atraente para investidores. Companhias como Air France KLM e Lufthansa demonstraram interesse na TAP.
O governo minoritário do primeiro-ministro Luis Montenegro convocou um voto de confiança, e o país terá nova eleição em caso de derrota dele (Foto: Jose Sarmento Matos/Bloomberg)
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O plano de Portugal para vender uma participação na companhia aérea TAP deve ser adiado por vários meses devido a uma crise política que pode resultar em eleições antecipadas. O governo minoritário do primeiro-ministro Luis Montenegro convocou um voto de confiança para o dia 11 de março, que, segundo fontes, ele provavelmente perderá, levando à destituição e à realização de eleições em maio. Com isso, o governo atuaria apenas em questões urgentes, excluindo a venda da TAP.
O governo de Montenegro planejava iniciar um processo de privatização em março, visando vender pelo menos 49% da TAP. Essa estratégia tinha como objetivo contornar a oposição política e concluir a venda até o final deste ano ou em 2026. No entanto, a incerteza política pode atrasar esses planos, conforme indicado por fontes que preferiram não se identificar.
A TAP é a maior companhia aérea europeia em conexões com o Brasil, o que a torna uma aquisição atrativa, apesar de ser um ônus para as finanças públicas devido à falta de escala para lucros consistentes. A empresa, liderada pelo CEO Luis Rodrigues, transportou 16 milhões de passageiros no último ano. Companhias como Air France-KLM, Deutsche Lufthansa e IAG, proprietária da British Airways, já demonstraram interesse na TAP.
O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, confirmou que, caso o governo perca o voto de confiança, as eleições antecipadas ocorrerão em maio. A situação política atual, portanto, impacta diretamente o futuro da privatização da TAP e a estabilidade do governo.
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