08 de mar 2025
Brasil busca evitar tarifas de importação de açúcar enquanto EUA pressionam por taxação do aço
O governo brasileiro busca evitar tarifas sobre açúcar, aço e alumínio nos EUA. CEOs de siderúrgicas americanas pedem a Trump para manter tarifas de 25% sobre aço. Vice presidente Geraldo Alckmin é o principal negociador nas discussões comerciais. Reuniões bilaterais entre Brasil e EUA estão agendadas para a próxima semana. Aumento das tarifas pode elevar preços do aço e impactar a indústria americana.
Foto: Reprodução
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O governo brasileiro está em diálogo com a equipe do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para evitar que o açúcar brasileiro seja afetado por possíveis tarifas de importação. Segundo a Folha de S.Paulo, além do açúcar, produtos como aço e alumínio também estão sendo discutidos para minimizar impactos tarifários. Os EUA já expressaram descontentamento com a taxa de 18% aplicada pelo Brasil ao etanol importado, em contraste com a taxa de 2,5% cobrada nos EUA.
Os Estados Unidos importam açúcar do Brasil, com uma cota de até 146,6 mil toneladas isenta de tarifas. Acima desse limite, aplica-se uma taxa de 80%. O Brasil busca um equilíbrio nas importações de etanol e na exportação de açúcar, considerando que ambos os produtos vêm da mesma matriz. O vice-presidente Geraldo Alckmin é o principal responsável pelas negociações com a administração Trump, tendo realizado pelo menos duas conversas na última semana.
Enquanto isso, os CEOs das três maiores siderúrgicas americanas pediram a Trump que mantenha a taxação de 25% sobre as importações de aço, que também afeta o Brasil. Eles argumentam que a troca de tarifas por cotas não foi eficaz e que a segurança nacional está em jogo. Nove executivos da indústria siderúrgica enviaram uma carta a Trump, destacando que as cotas permitiram um aumento nas importações, enfraquecendo a indústria americana.
Na quinta-feira, Alckmin teve uma videoconferência com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e o representante comercial, Jamieson Greer, onde concordaram em manter reuniões bilaterais. O Itamaraty também informou que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou com Greer sobre a política comercial dos EUA, com reuniões técnicas agendadas para a próxima semana. A pressão da indústria siderúrgica americana ocorre em um ano desafiador para o setor, com aumento das importações e preços do aço disparando, refletindo uma corrida por compras antecipadas.
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