Política

Governo brasileiro avalia resposta a tarifas dos EUA; decisão será tomada na sexta-feira

O governo brasileiro, liderado por Lula, avalia resposta a tarifas de Trump. Reunião entre Lula e representantes dos EUA pode definir estratégia na sexta. Brasil considera ação na OMC contra tarifas e proteção ao agronegócio. Tarifa de 25% impactará US$ 6 bilhões em exportações de aço e alumínio. Retaliações devem ser cautelosas para não prejudicar a indústria nacional.

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(Foto: Gesival Nogueira Kebec/Valor)

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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidirá na sexta-feira (14) sobre possíveis ações em resposta às tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos sobre as exportações de aço e alumínio. Lula acredita que um entendimento pode ser alcançado ainda nesta semana, com o vice-presidente Geraldo Alckmin se reunindo com representantes do governo americano. Rui Costa enfatizou que qualquer decisão será tomada após essa reunião, destacando a importância do diálogo diplomático.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também se manifestou, afirmando que o Brasil buscará negociar com os EUA para reverter as tarifas. Durante uma reunião com o setor siderúrgico, Haddad recebeu argumentos que sustentam que as tarifas não beneficiam nem os Estados Unidos. O governo brasileiro está preparando uma nota técnica para apoiar as negociações, que serão conduzidas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

Por outro lado, o professor Maurício Moura, da Universidade George Washington, comentou que a pressão sobre o presidente Donald Trump pode levar a um recuo nas tarifas, especialmente se a situação na Bolsa americana se agravar. Desde o início de seu mandato, Trump tem aumentado tarifas sobre diversos países, incluindo o Brasil, o que tem gerado retaliações e impactos diretos no comércio.

O ex-secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, alertou sobre os limites das retaliações brasileiras, destacando que ações contra tarifas americanas podem prejudicar a própria indústria nacional. Barral sugeriu que a propriedade intelectual poderia ser uma ferramenta eficaz nas negociações, lembrando que o Brasil obteve sucesso em disputas anteriores ao ameaçar suspender direitos relacionados a esse tema. Ele também ressaltou a importância de manter o sistema multilateral de comércio intacto, enquanto países como Canadá e China buscam apoio na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as medidas americanas.

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