Política

Alemanha levanta limites de dívida para financiar defesa e impulsionar rearmamento europeu

A Alemanha suspendeu limites de dívida para financiar defesa, alterando política fiscal. O déficit público pode ultrapassar 3% do PIB em 2026, segundo previsão econômica. A mudança sinaliza apoio a Bruxelas e ao plano de rearme da Comissão Europeia. Países bálticos priorizam aumento de gastos em defesa, enquanto sul da UE hesita. Espanha busca incluir cibersegurança e terrorismo no cálculo do gasto em defesa.

A presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e Friedrich Merz, líder da CDU e vencedor das eleições alemãs, em 19 de fevereiro em Berlim. (Foto: LIESA JOHANNSSEN/REUTERS)

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A Comissão Europeia estimou que a corrida armamentista na Europa custará 800 bilhões de euros, sendo que 650 bilhões devem ser provenientes dos orçamentos nacionais. A decisão da Alemanha de flexibilizar seus limites constitucionais de dívida pública para financiar projetos de defesa e infraestrutura é um apoio significativo à proposta da presidente da Comissão, Ursula von der Leyen. Essa mudança visa revitalizar a economia alemã, que enfrenta dificuldades desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, e também marca um grande rearmamento do país.

O Instituto para a Economia Mundial, localizado em Kiel, previu que o déficit público da Alemanha ultrapassará 3% do PIB no próximo ano, com a dívida aumentando para 65,4% até 2026. Os partidos que negociam o novo governo alemão, a CDU e o SPD, estão prontos para aproveitar a flexibilidade que a Comissão Europeia está oferecendo nas regras fiscais, que incluem a suspensão do Plano de Estabilidade e Crescimento. Essa suspensão permitirá que os gastos militares não sejam contabilizados para o limite de déficit anual.

A ativação da cláusula de escape, que suspende as regras fiscais, deve ser solicitada por cada capital, e o novo governo alemão provavelmente terá que fazê-lo. A forma como a Alemanha financiará seu rearmamento pode influenciar a abordagem da União Europeia, priorizando a dívida pública em vez de cortes de gastos. Países como Polônia, Estônia e Finlândia já indicaram que aumentarão seu endividamento para elevar os gastos em defesa.

Entretanto, a situação é diferente para os países do sul da UE, como França, Espanha e Itália, que enfrentam restrições fiscais. A Itália, por exemplo, prefere incentivar o investimento privado devido à sua alta dívida pública, que supera 140% do PIB. A Espanha, por sua vez, deseja aumentar seus gastos em defesa, incluindo despesas com cibersegurança e controle de fronteiras, buscando elevar seu investimento de 1,28% do PIB para o compromisso de 2% estabelecido pela OTAN em 2014.

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