15 de mar 2025
Brasil celebra 40 anos de redemocratização com conquistas sociais e desafios atuais
José Sarney, primeiro presidente civil após a ditadura, tomou posse em 1985. Sarney criticou a trama golpista de 8 de janeiro, reafirmando a solidez das instituições. O evento celebrou 40 anos da redemocratização e o papel de figuras históricas. A Constituição de 1988 foi crucial para conquistas sociais e direitos fundamentais. Movimentos sociais impulsionaram mudanças, como a lei de cotas e a Lei Maria da Penha.
José Sarney presta juramento em sessão do Congresso de 15 de março de 1985. (Foto: Arquivo Nacional)
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Em 15 de março de 1985, José Sarney tomou posse como presidente do Brasil, encerrando 21 anos de ditadura militar. Ele assumiu após a morte de Tancredo Neves, eleito indiretamente, que faleceu antes de sua posse. A transição foi marcada por incertezas, já que a Constituição não previa quem deveria assumir em caso de impedimento do eleito. Cássio Gonçalves, então deputado, destacou que a solução foi interpretar a Constituição, levando à posse de Sarney.
A posse de Sarney foi cercada de controvérsias, especialmente por sua ligação com a antiga Arena, partido dos militares. Historiadores apontam que a aliança entre Tancredo e Sarney foi crucial para a redemocratização, já que Sarney tinha apoio no colégio eleitoral. A chapa formada por eles obteve 480 votos, superando o candidato militar Paulo Maluf. Essa vitória marcou o início de um novo período na política brasileira, apesar da fragilidade da legitimidade do novo governo.
Sarney enfrentou desafios significativos, como a inflação de 224% em 1984 e uma dívida externa crescente. O deputado Hermes Zaneti defendeu a suspensão do pagamento da dívida, argumentando que isso afetava diretamente o povo. Durante seu governo, de 1985 a 1990, Sarney promoveu mudanças na legislação e convocou a Assembleia Nacional Constituinte, que resultou na Constituição de 1988, um marco na proteção dos direitos civis.
Quarenta anos após sua posse, Sarney comentou sobre as recentes tentativas de desestabilização da democracia, afirmando que as instituições criadas na transição são sólidas. Ele destacou que o Brasil vive um período de liberdade, embora alertasse que o preço da liberdade é a vigilância constante. A redemocratização trouxe avanços significativos, como a Lei Maria da Penha e o Bolsa Família, que ajudaram a reduzir desigualdades no país.
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