Política

Ortega intensifica a censura digital ao bloquear cinco meios de comunicação independentes em Nicarágua

O regime de Ortega e Murillo intensifica a censura à mídia independente na Nicarágua. A Universidade Nacional de Engenharia bloqueou cinco publicações críticas. O bloqueio ao domínio .com.ni dificulta o acesso à informação no país. A ICANN pode intervir, já que o bloqueio é considerado censura digital. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos expressou preocupação com a medida.

"Uma pessoa segura um telefone que mostra a restrição de acesso a um site de um meio de comunicação nicaraguense. (Foto: STR/EFE)"

"Uma pessoa segura um telefone que mostra a restrição de acesso a um site de um meio de comunicação nicaraguense. (Foto: STR/EFE)"

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O regime de Daniel Ortega e Rosario Murillo intensificou a censura contra meios de comunicação independentes em Nicaragua, agora também no ambiente digital. Na noite de 13 de março, a Universidade Nacional de Engenharia (UNI) foi ordenada a bloquear o domínio .com.ni de cinco publicações críticas, incluindo La Prensa, Confidencial e 100% Noticias. Essa ação impede que os nicaraguenses acessem esses portais, marcando um novo ataque ao jornalismo independente e à liberdade de expressão no país.

O bloqueio foi implementado pela UNI, que gerencia todos os domínios .ni através da NIC.NI, responsável pela administração do domínio geográfico de Nicaragua. Diretores das publicações afetadas afirmaram que estavam em dia com os pagamentos e não receberam justificativas técnicas para a suspensão. Eles classificam a ação como “censura digital”. A NIC.NI está vinculada à Secretaria Geral da UNI, o que levanta questões sobre a legitimidade da medida.

A ICANN (Corporation for Assigned Names and Numbers) expressou preocupação com a censura imposta, que pode prejudicar a reputação da UNI em instâncias internacionais. Embora alguns meios tenham migrado para domínios alternativos, o bloqueio impacta o tráfego, pois muitos usuários ainda acessavam os sites pelo .com.ni. Confidencial, por exemplo, já havia mudado para confidencial.digital em junho de 2022, mas o bloqueio impede a redireção.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) manifestou sua preocupação com o bloqueio arbitrário, considerando-o uma violação da liberdade de expressão. A relatoria destacou que essa prática obstrui o acesso a informações de interesse público, caracterizando uma forma de censura digital. A situação representa um agravamento da repressão ao jornalismo independente, que já enfrenta desafios como assassinatos, prisões e exílio.

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