Política

Plano Collor: o confisco que devastou a classe média e arruinou a economia brasileira

O Plano Collor, anunciado em 1990, confiscou dinheiro das contas bancárias. O documentário "Confisco" retrata as consequências e depoimentos impactantes. A inflação em 1989 superou 1.700%, gerando caos econômico e social. O plano falhou em controlar a inflação e resultou em crise política e impeachment. Zélia Cardoso de Mello, "superministra", foi central na elaboração do plano.

Foto:Reprodução

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No dia 16 de março de 1990, o então presidente Fernando Collor de Mello anunciou o Plano Collor, um pacote econômico que incluía o confisco de dinheiro das contas bancárias da população. A medida permitia que os brasileiros sacassem apenas 50 mil cruzeiros, equivalente a cerca de R$ 12 mil hoje, enquanto o restante ficaria retido no Banco Central por 18 meses. O objetivo era combater a hiperinflação, que em 1989 superou 1.700%, mas o plano resultou em um desastre econômico, derrubando a Bolsa de Valores e levando à queda do Produto Interno Bruto (PIB).

O cenário econômico da época era caótico, com supermercados alterando preços diariamente e a população correndo para comprar alimentos assim que recebia os salários. Collor, eleito em 1989, prometeu mudanças e convocou a economista Zélia Cardoso de Mello para liderar o plano. Após três dias de feriados bancários, o pacote foi anunciado em uma reunião no Palácio do Planalto, onde Collor limitou os saques e congelou preços, além de extinguir estatais e substituir a moeda.

Embora a inflação tenha caído temporariamente de 82% em maio para 7,5% em junho de 1990, os preços logo voltaram a subir, e a Ibovespa caiu 22%. O plano gerou desconfiança na economia e aumento do desemprego, desgastando o governo. A indignação popular culminou em manifestações que levaram ao impeachment de Collor em 1992, após um escândalo de corrupção.

Zélia Cardoso pediu demissão em 1991 e, após sua saída, fez uma participação no programa de TV "Escolinha do Professor Raimundo". Em 1997, ela se mudou para Nova York, onde ainda reside, após um breve casamento com o humorista Chico Anysio. O impacto do Plano Collor permanece na memória coletiva, simbolizando um período de crise e transformação na política e economia brasileiras.

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