Política

Câmara de São Paulo apresenta projetos desconectados das prioridades da população

Projetos de lei na Câmara Municipal de São Paulo ignoram prioridades da população. Propostas polêmicas incluem rodeios e tornar Fernando Haddad "persona non grata". Apenas 22% dos projetos abordam segurança, saúde e transporte, principais preocupações. Cientista político critica vereadores por priorizarem propostas com retorno eleitoral rápido. Necessidade de diálogo entre vereadores e população é destacada por especialistas.

Rodeio em Barretos, no interior de São Paulo; vereadora quer derrubar proibição na capital paulista (Foto: Joel Silva/Folhapress)

Rodeio em Barretos, no interior de São Paulo; vereadora quer derrubar proibição na capital paulista (Foto: Joel Silva/Folhapress)

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A Câmara Municipal de São Paulo tem apresentado uma série de projetos de lei que não refletem as prioridades da população. Temas como rodeios, a declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como "persona non grata", e a criação de um dia para crianças maçons dominam a lista, enquanto questões urgentes como segurança, saúde e transporte são deixadas de lado. Uma pesquisa do Ipec revelou que os paulistanos consideram a segurança e a saúde como os principais problemas da cidade, mas apenas 22% dos 284 projetos apresentados entre janeiro e fevereiro abordam essas questões.

Entre as propostas, destacam-se a criação do Dia do Lowton, voltado para crianças maçons, e um dia de combate ao "grau", manobra popular entre motociclistas. Além disso, a Câmara recebeu mais propostas relacionadas a datas comemorativas e pets do que a temas como segurança e transporte. O vereador Rubinho Nunes (União) criticou a administração de Haddad, afirmando que o projeto de torná-lo "persona non grata" reflete a indignação da população. Haddad, que foi prefeito de São Paulo, não se manifestou sobre a proposta.

Outras iniciativas incluem a exigência de boletim de ocorrência para abortos em casos de estupro, proposta por Lucas Pavanato (PL), e um projeto que visa proibir a contratação de artistas que façam apologia ao crime. A proposta, de Amanda Vettorazzo (União), foi considerada inconstitucional por especialistas. Além disso, há projetos que buscam restringir a participação de crianças na Parada LGBTQIA+ e propostas para garantir direitos a pessoas trans em concursos públicos.

O cientista político Marco Antônio Teixeira critica a desconexão entre os vereadores e as necessidades da população, afirmando que muitos estão mais preocupados em apresentar propostas que garantam retorno eleitoral imediato do que em soluções a longo prazo. A pesquisa do Ipec também aponta que 31% dos entrevistados acreditam que os vereadores devem conhecer melhor os problemas da cidade. Igor Pantoja, da Rede Nossa São Paulo, ressalta a importância de um diálogo mais próximo entre a Câmara e a população para resolver as questões prioritárias da cidade.

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