17 de mar 2025
Bolsonaristas defendem ato em Copacabana como 'positivo' apesar de público reduzido
Aliados de Jair Bolsonaro consideram ato em Copacabana como "positivo", apesar do público. Estimativas de participantes variam: USP fala em 18 mil, PM em 400 mil. Governador Cláudio Castro nega interferência na estimativa da Polícia Militar. Quebra de tradição: PM sempre evitou estimar públicos em eventos políticos. Discrepâncias nos números refletem disputa de narrativas entre apoiadores e críticos.
Ato de 7 de setembro de 2024 - Bolsonaro reúne apoiadores para manifestação na orla de Copacabana, Rio de Janeiro (Foto: Hermes de Paula)
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Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro consideraram o ato realizado em Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo, como "satisfatório" e "positivo", apesar do público ter ficado bem abaixo do esperado. Bolsonaro havia projetado a presença de cerca de um milhão de pessoas, mas as estimativas variaram: a Universidade de São Paulo (USP) calculou aproximadamente 18,3 mil participantes, enquanto o Datafolha apontou 30 mil. A Polícia Militar divulgou um número de 400 mil, sem explicar a metodologia utilizada.
Parlamentares bolsonaristas minimizaram as discrepâncias nos números e apresentaram justificativas para sustentar que o ato não foi um fracasso. Entre os argumentos, destacaram que a USP não captou o pico da manifestação e que a orla de Copacabana é mais ampla, o que pode dar uma falsa impressão de menor público. Além disso, mencionaram que a manifestação teve ampla repercussão, inclusive internacional, e que a concorrência com outros eventos, como a final de futebol FlaxFlu, pode ter impactado a participação.
Informações obtidas indicam que a ordem para divulgar a estimativa de 400 mil partiu do Palácio Guanabara, onde o governador Cláudio Castro teria solicitado ao comandante da PM, Coronel Menezes, que inicialmente estimou o público em 50 mil. A assessoria de Castro negou qualquer interferência, mas o governador foi acusado de quebrar a tradição da PM de não divulgar números em eventos políticos, o que gerou controvérsias sobre a veracidade dos dados.
A Polícia Militar, que normalmente utiliza dados históricos para estimar públicos em grandes eventos, adotou uma abordagem de superestimação, prática comum para garantir a segurança. No entanto, essa tática não se justifica neste caso, pois os números foram utilizados para contestar a narrativa de que o evento havia sido um fracasso, uma vez que Bolsonaro convocou a manifestação com a meta de um milhão de pessoas nas ruas.
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