Política

Alemanha aprova reforma histórica para aumentar gastos com defesa e infraestrutura

O Bundestag aprovou aumento significativo em gastos com defesa e infraestrutura. O pacote fiscal inclui um fundo de 500 bilhões de euros, isento de regras de dívida. A votação requer apoio de dois terços do parlamento e do Bundesrat para aprovação. Friedrich Merz, futuro chanceler, destaca a necessidade de uma nova comunidade de defesa. A mudança pode impactar a economia alemã, que enfrenta estagnação e desafios estruturais.

"O edifício do Reichstag na manhã cedo. (Foto: Paul Zinken/dpa | Picture Alliance | Getty Images)"

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O Bundestag da Alemanha aprovou um pacote fiscal significativo que inclui mudanças nas políticas de dívida, permitindo um aumento expressivo nos gastos com defesa e a criação de um fundo de infraestrutura e clima de 500 bilhões de euros (cerca de 548 bilhões de dólares). Para que a proposta se torne lei, é necessário o apoio de dois terços dos parlamentares, além da aprovação do Bundesrat, que representa os estados do país, prevista para sexta-feira. As novas leis isentam gastos com defesa e segurança acima de um determinado limite das restrições da "frenagem da dívida", que limita o endividamento do governo.

O pacote foi proposto pela União Democrata Cristã (CDU) e pela União Social Cristã (CSU), que, junto com o Partido Social-Democrata (SPD), formam uma coalizão governamental. A urgência em aprovar as reformas é alta, pois mudanças constitucionais exigem apoio substancial antes da nova sessão parlamentar, que começa na próxima semana. A CDU-CSU e o SPD conseguiram um compromisso com o Partido Verde, alocando 100 bilhões de euros do fundo para iniciativas climáticas e de transformação econômica.

Analistas consideram a aprovação um passo crucial para revitalizar a economia alemã, que enfrenta estagnação. O crescimento do PIB foi revisado para 0,4% em 2024, abaixo da previsão anterior de 0,7%. A reforma da dívida é vista como uma mudança de paradigma na política fiscal da Alemanha, que tradicionalmente é avessa a endividamento, especialmente em um contexto de incertezas geopolíticas, como a invasão da Ucrânia pela Rússia e a postura do governo dos EUA sob Donald Trump.

Friedrich Merz, líder da CDU e futuro chanceler, destacou que a decisão representa um "novo passo em direção a uma comunidade de defesa europeia". A reforma da frenagem da dívida, implementada por Angela Merkel em 2009, foi uma resposta à crise financeira global, mas agora é considerada um obstáculo ao crescimento econômico. Merz busca acelerar a implementação de políticas de segurança, reconhecendo que a Alemanha deve assumir um papel mais ativo na defesa europeia, especialmente diante da incerteza sobre o compromisso dos EUA com seus aliados.

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