20 de mar 2025
Brasil é criticado por cientistas em editorial da revista Science antes da COP 30
Editorial da revista Science critica ações do governo brasileiro que aumentam emissões de gases, alertando para riscos climáticos antes da COP 30.
Desmatamento na Amazônia (Foto: Polícia Federal/Divulgação)
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O governo brasileiro enfrenta críticas em um editorial da revista científica Science, assinado pelos cientistas Philip Fearnside e Walter Leal Filho. O texto destaca que, exceto pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, outros setores promovem ações que aumentam as emissões de gases do efeito estufa. Um exemplo citado é o projeto de recuperação da BR-319, que pode facilitar o desmatamento na Amazônia, expondo áreas ricas em carbono.
Os autores também mencionam o subsídio do Ministério da Agricultura para a conversão de pastagens em plantações de soja, o que incentiva o desmatamento. Eles argumentam que a valorização da terra para cultivo leva pecuaristas a venderem suas propriedades, resultando em mais desmatamento. Além disso, o Ministério de Minas e Energia está promovendo a exploração de petróleo e gás na Amazônia, o que, segundo os especialistas, representa uma "fórmula para um desastre climático".
Fearnside e Leal Filho alertam que o Brasil deve assumir a liderança na luta contra as mudanças climáticas, especialmente com a aproximação da COP 30 em Belém, em novembro de 2025. Eles enfatizam que o aumento da temperatura pode ter impactos catastróficos, como a perda da Floresta Amazônica e a intensificação de secas extremas, afetando a agricultura e a população. A destruição da Amazônia pode resultar em secas severas e aumento da frequência de eventos climáticos extremos.
Para que a COP 30 seja eficaz, os especialistas defendem uma "mudança radical" nas políticas governamentais, focando na contenção do desmatamento e na transição para uma economia de baixo carbono. O governo, por sua vez, afirma que as políticas ambientais são definidas pelo Ministério do Meio Ambiente e que a exploração de petróleo é necessária para garantir a segurança energética do país, ressaltando que a transição para uma economia sustentável deve ser gradual.
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