Egito propõe novo cessar-fogo enquanto Israel intensifica ataques em Gaza

O Ministério da Saúde de Gaza informou que os ataques israelenses no último domingo resultaram na morte de mais de 65 palestinos, incluindo mulheres e crianças. Desde a retomada das operações militares em 18 de março, após o rompimento do cessar-fogo com o Hamas, o número de mortos na região ultrapassou 50.000 em 17 meses de conflito. O Egito apresentou uma nova proposta de cessar-fogo, que inclui a libertação de cinco reféns pelo Hamas em troca da entrada de ajuda humanitária em Gaza e uma pausa nos combates, além da libertação de prisioneiros palestinos por Israel.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, expressou estar "em choque" com a aparente diminuição da prioridade dada à questão dos reféns sequestrados pelo Hamas. Herzog criticou o governo israelense por não priorizar a devolução dos reféns, enquanto as operações militares se intensificam. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu havia interrompido um acordo de cessar-fogo que permitiu a libertação de 33 reféns, justificando que o Hamas não aceitou libertar todos os reféns imediatamente. Desde a retomada dos ataques, 730 pessoas morreram em Gaza, com protestos em Israel exigindo que a questão dos reféns seja tratada como prioridade.

A alta representante para Política Exterior da União Europeia, Kaja Kallas, está em Jerusalém para discutir a situação com autoridades israelenses e palestinas. Kallas pediu a retomada das negociações para um cessar-fogo e a entrega de todos os reféns, além de solicitar que Israel permita a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Durante sua visita, ela destacou que "reanudar as negociações é o único caminho possível para acabar com o sofrimento de ambos os lados".

Além disso, o braço armado do Hamas divulgou um vídeo de dois reféns israelenses sequestrados em outubro de 2023, no qual eles falam sobre as condições em que se encontram. O vídeo foi lançado no mesmo dia em que o Egito apresentou sua proposta de cessar-fogo. A situação em Gaza continua crítica, com 730 palestinos mortos desde o reinício dos bombardeios, enquanto a guerra já deixou 50.082 mortos e 113.408 feridos desde seu início.