25 de mar 2025
Governador da Bahia promove mudanças na segurança diante do aumento da violência
Mudanças na cúpula da segurança na Bahia visam combater a violência crescente; estado registra alarmantes índices de homicídios e letalidade policial.
Jerônimo Rodrigues (PT), governador da Bahia, durante o UOL Entrevista (Foto: Reprodução/UOL)
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O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT-BA), anunciou hoje mudanças significativas nas lideranças da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Departamento de Polícia Técnica do estado. O objetivo, segundo o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, é valorizar o mérito e a experiência profissional, visando intensificar o combate à criminalidade. A Bahia é marcada por altos índices de violência, com seis das dez cidades mais violentas do Brasil.
Santo Antônio de Jesus lidera o ranking, com uma média alarmante de 94,1 homicídios por 100 mil habitantes. Outras cidades como Jequié (91,9), Simões Filho (81,2), Camaçari (76,6) e Juazeiro (72,3) também figuram entre as mais violentas. As novas nomeações serão publicadas no Diário Oficial amanhã, e Rodrigues destacou que é natural que mudanças ocorram para "oxigenar o trabalho" nas forças de segurança.
Na Polícia Militar, o coronel Antônio Carlos Silva Magalhães assume como comandante-geral, sendo escolhido por sua experiência em inteligência policial. O coronel Paulo Coutinho deixa o cargo. Na Polícia Civil, André Augusto de Mendonça Viana foi nomeado delegado-geral, enquanto o Corpo de Bombeiros será liderado pelo coronel Aloísio Mascarenhas Fernandes. O Departamento de Polícia Técnica, que não recebeu investimentos nos últimos dez anos, será dirigido pelo perito criminal Osvaldo Silva.
Os dados de homicídios na Bahia são alarmantes, com 678 casos registrados em janeiro e fevereiro de 2024. O Ministério da Justiça e Segurança Pública aponta que, em média, 11 pessoas são assassinadas diariamente no estado. Em intervenções policiais, a Bahia já contabiliza 267 mortes em 2025, liderando o ranking nacional com uma taxa de 10,48 mortes a cada 100 mil habitantes, evidenciando a gravidade da letalidade policial na região.
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