27 de mar 2025
Déficit comercial dos EUA atinge recorde em fevereiro, impulsionado por aranceles de Trump
Tarifas de Donald Trump sobre importações de automóveis geram incertezas econômicas e preocupações com inflação nos EUA. A guerra comercial se intensifica.
"Veículos da Toyota em uma terminal de importações em Long Beach (Califórnia). (Foto: Damian Dovarganes/AP)"
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O impacto das tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está se revelando mais negativo do que o esperado. Em fevereiro, o déficit comercial do país alcançou 147,914 bilhões de dólares, um aumento de 60% em relação ao mesmo mês do ano anterior. As importações dispararam para 326,513 bilhões de dólares, enquanto as exportações somaram 178,599 bilhões de dólares. A situação é agravada pela aceleração das compras, que contraria a intenção de Trump de reduzir o déficit.
As tarifas de 25% sobre o aço e alumínio e de 10% sobre as importações chinesas já estão em vigor, e novas tarifas sobre automóveis, que entrarão em vigor em 3 de abril, também foram anunciadas. Trump afirmou que as tarifas são uma forma de proteger a economia americana, mas especialistas, como Ana Botín, presidente do Banco Santander, alertam que essas medidas podem resultar em crescimento mais lento e maior inflação nos Estados Unidos, afetando diretamente os consumidores.
No Brasil, o dólar se valorizou, sendo cotado a R$ 5,76, refletindo a pressão das políticas tarifárias de Trump. O Produto Interno Bruto (PIB) americano desacelerou de 3,1% para 2,4% no quarto trimestre de 2024, encerrando o ano com um crescimento de 2,8%. O mercado brasileiro, por sua vez, reagiu positivamente ao IPCA-15, que registrou uma alta de 0,64% em março, abaixo das expectativas.
As incertezas geradas pelas tarifas estão afetando a confiança dos consumidores e das empresas, que hesitam em realizar novos investimentos. O índice Ibovespa, no entanto, subiu 0,47%, impulsionado por ações de grandes empresas como Vale e Petrobras. As montadoras americanas, como Toyota e General Motors, enfrentaram quedas em suas ações devido às novas tarifas, enquanto o mercado de títulos mostra preocupação com o impacto das tarifas na inflação.
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