31 de mar 2025
Entregadores realizam paralisação em 59 cidades por melhores condições de trabalho
Entregadores de aplicativos de delivery realizam paralisação em 60 cidades, exigindo aumento de taxas e melhores condições de trabalho.
Mobilização do 'Breque dos Apps' ocorre em 18 capitais do país (Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas)
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Entregadores de diversas regiões do Brasil organizam uma paralisação em quase 60 cidades, marcada para hoje e amanhã, em busca de melhores condições de trabalho nos serviços de delivery, como iFood, Uber Flash e 99 Entrega. Os organizadores do movimento, denominado "breque dos apps", destacam a precarização da profissão e reivindicam um aumento nas taxas pagas aos entregadores. Junior Freitas, uma das lideranças do ato em São Paulo, afirma que a principal demanda é um aumento justo nas taxas, ressaltando que a remuneração influencia diretamente o tempo que os trabalhadores precisam passar nas ruas.
A greve nacional possui quatro pautas centrais: a definição de uma taxa mínima de R$ 10 por corrida, o aumento da remuneração por quilômetro de R$ 1,50 para R$ 2,50, a limitação da atuação das bicicletas a um raio máximo de três quilômetros e o pagamento integral de pedidos agrupados em uma mesma rota. Com a adesão de entregadores de 59 cidades, atos estão programados para ocorrer em pelo menos 19 capitais, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Freitas destaca que a mobilização é uma forma de expressar a insatisfação com as condições de trabalho, que considera indignas.
A manifestação ocorre após a tentativa frustrada de regulamentação do trabalho de entregadores e motoristas de aplicativo pelo governo federal, que não conseguiu chegar a um consenso após seis meses de negociações. Em São Paulo, os entregadores se reunirão na Praça Charles Miller, com um percurso que inclui uma parada no vão do MASP antes de seguir para a sede do iFood. Embora o iFood seja o foco principal, os organizadores também buscam melhorias em outras plataformas, considerando que mudanças na empresa líder podem influenciar as demais.
O iFood, que reportou uma receita de R$ 7,1 bilhões em 2023, enviou um posicionamento aos organizadores, afirmando que tem aumentado as taxas pagas aos entregadores nos últimos anos. A empresa também pediu que os atos sejam pacíficos e sem bloqueios, para não prejudicar estabelecimentos que não aderiram à greve. A Amobitec, associação que representa o iFood e outros aplicativos, declarou que respeita o direito de manifestação e mantém canais de diálogo com os entregadores, buscando equilibrar as demandas entre trabalhadores e clientes.
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