Política

Ivo Herzog critica proposta de escola cívico-militar em homenagem a seu pai: 'afronta à memória'

Ivo Herzog critica a transformação de escola em cívico militar e cobra ação de Lula sobre a ditadura militar, relembrando a memória do pai.

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O engenheiro Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, que foi torturado e assassinado durante a ditadura militar, criticou a proposta do governo de São Paulo de transformar a escola que leva o nome de seu pai em uma escola cívico-militar. Em entrevista ao UOL News, Ivo afirmou que essa mudança representa uma "afronta à memória" de Vladimir, ressaltando que a família respeita a opinião da comunidade local, mas não aceita a alteração do nome da escola, dada a história de seu pai.

Em 2024, a escola estadual em São Bernardo do Campo havia manifestado interesse em participar do programa, mas, após pressão de ativistas de direitos humanos, anunciou a desistência. Contudo, a instituição voltou a ser mencionada na consulta para o programa, levando a família Herzog a enviar uma carta de protesto ao governador Tarcísio de Freitas. Ivo Herzog expressou sua indignação, afirmando que associar o nome de seu pai a um projeto militar é uma "deseducação".

Ivo também criticou a postura do presidente Lula em relação ao regime militar, mencionando que ele demorou a abordar o tema e que, um ano após o golpe de 1964, o governo proibiu homenagens oficiais. Ele enfatizou a necessidade de um pedido de perdão do governo a todas as vítimas da violência da ditadura, não apenas a seu pai.

Vladimir Herzog, então diretor de jornalismo da TV Cultura, foi assassinado em 1975 após se apresentar ao DOI-Codi para esclarecimentos sobre suas ligações com o PCB. A versão oficial alegou suicídio, mas testemunhos de colegas indicam que ele foi brutalmente torturado. O corpo de Herzog, que era judeu, foi preparado para o funeral por um rabino que constatou marcas de tortura, evidenciando que a versão oficial era forjada.

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