04 de abr 2025
Greve dos auditores da Receita Federal pode atrasar restituições do Imposto de Renda em 2025
Greve dos auditores da Receita Federal já dura mais de quatro meses. A paralisação causa atrasos na restituição do Imposto de Renda em 2025. R$ 14 bilhões em tributos deixaram de ser arrecadados devido à greve. Auditores pedem aumento de R$ 29 mil para R$ 32 mil, citando perdas inflacionárias. Prejuízos no comércio exterior somam R$ 3,5 bilhões, afetando logística e contratos.
Foto:Reprodução
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A greve dos auditores da Receita Federal, que já se estende por mais de quatro meses, está causando impactos significativos nos serviços fiscais e na economia. De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional), a paralisação tem atrasado a restituição do Imposto de Renda e a disponibilização da declaração pré-preenchida, que foi liberada apenas em 1º de abril, duas semanas após o início do prazo oficial para envio das declarações.
Os auditores reivindicam um aumento no salário-base de R$ 29 mil para R$ 32 mil, citando perdas inflacionárias acumuladas desde 2016. O governo, por sua vez, argumenta que a categoria já recebeu um aumento de 9% em 2023 e um bônus de produtividade que pode chegar a R$ 3 mil mensais. No entanto, os auditores consideram que esse bônus não deve ser considerado parte do salário e exigem equiparação com outras categorias que obtiveram reajustes.
Os efeitos da greve são evidentes, com estimativas de que R$ 14 bilhões em tributos deixaram de ser arrecadados devido à lentidão nos trâmites fiscais. No Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), discussões sobre processos que somam R$ 145 bilhões estão travadas. No comércio exterior, os prejuízos logísticos já alcançam R$ 3,5 bilhões, com mais de 600 mil encomendas retidas nas unidades da Receita em todo o país.
O impasse salarial continua sem uma solução à vista, aumentando o risco de novos atrasos no cronograma de restituições do Imposto de Renda e pressionando o governo em um cenário de arrecadação abaixo do esperado. A situação permanece crítica, com os auditores reafirmando sua adesão à greve em assembleia realizada em 28 de março.
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