04 de abr 2025
Trump intensifica pressão sobre universidades americanas com cortes de financiamento e ameaças
Donald Trump suspendeu US$ 1,8 bilhão em financiamentos a universidades renomadas. A administração investiga 100 instituições por discriminação e antissemitismo. Protestos estudantis contra Israel resultaram em demissões e detenções de alunos. A repressão é comparada à Guerra do Vietnã, com uso intensivo de ordens executivas. Estudantes enfrentam ameaças de deportação e perseguições por suas opiniões.
Estudantes realizam um protesto com abandono de aulas nos degraus da Low Library da Universidade Columbia (Foto: Reuters)
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Desde que reassumiu a presidência, Donald Trump tem implementado cortes significativos no financiamento de universidades nos Estados Unidos, visando combater o que considera "esquerda radical". Recentemente, ele suspendeu 1,8 bilhão de dólares em recursos destinados a instituições renomadas como Harvard e Princeton, alegando que essas universidades promovem antissemitismo ao permitirem manifestações contra Israel. O governo também iniciou investigações em cerca de 100 instituições por discriminação.
As sanções têm gerado reações nas universidades, que, em muitos casos, se veem forçadas a se adaptar às novas diretrizes para não perderem recursos federais. O reitor da Universidade de Princeton, Christopher Eisgruber, classificou as ações de Trump como a maior ameaça às universidades em décadas, enfatizando o compromisso da instituição com a liberdade acadêmica. A Universidade Johns Hopkins, por exemplo, perdeu 800 milhões de dólares em financiamento e demitiu mais de 2.000 funcionários em resposta às pressões do governo.
A repressão se estende também aos estudantes, com relatos de detenções e ameaças de deportação. Um caso notável é o de uma estudante turca que foi detida por agentes federais após criticar a política israelense em um artigo. Outro exemplo é o de um ativista palestino da Universidade de Columbia, que enfrenta risco de deportação, mesmo sendo casado com uma cidadã americana. O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que mais de 300 vistos de estudantes foram revogados.
As medidas de Trump têm sido comparadas a ações do passado, como as ocorridas durante a Guerra do Vietnã, quando universidades enfrentaram cortes por ativismo. Contudo, analistas destacam que o uso de ordens executivas para silenciar a oposição é sem precedentes. A administração também impõe restrições a temas como diversidade e direitos humanos, refletindo uma abordagem mais ampla de controle sobre o discurso acadêmico.
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