Santander retira 16 nomes franquistas do seu calçadão em cumprimento à lei de Memória Histórica

A alcaldesa de Santander, Gema Igual, anunciou a retirada de dezesseis nomes franquistas do calçadão da cidade, atendendo a um mandato da Fiscalía de Memoria Histórica. A aprovação oficial da medida está marcada para 24 de abril, após pressão do fiscal Carlos Yáñez, que ameaçou denunciar a administração por não cumprir a normativa que proíbe homenagens à ditadura franquista.

Igual defendeu sua postura, afirmando que a demora se deveu a um processo de escuta com os moradores das ruas afetadas e aos trâmites necessários para a mudança dos nomes. Ela negou qualquer acusação de “rebeldia” ou “inatividade deliberada”, ressaltando que a administração municipal tem seguido as leis de forma respeitosa e consultiva.

As vias que terão seus nomes alterados incluem Alcázar de Toledo, que será substituída por Cuesta de las Ánimas, e General Dávila, que passará a se chamar Paseo de Altamira. Além disso, o município também planeja eliminar honrarias concedidas a figuras como Francisco Franco e Luis Carrero Blanco, ex-presidente do governo franquista.

A Fiscalía de Memoria Histórica destacou que a manutenção de homenagens a figuras do franquismo fere o direito de reparação das vítimas. O fiscal Yáñez enfatizou que a aplicação da normativa não deve depender de ideologias políticas, e as sanções por descumprimento podem variar de R$ 200,00 a R$ 150 mil.