08 de abr 2025
Lula busca recuperar popularidade com medidas sociais e mudanças na articulação política
Lula enfrenta queda de popularidade e busca recuperar apoio com aumento de isenção do Imposto de Renda e mudanças na comunicação do governo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em evento em Brasília, em março deste ano: crise de popularidade mobilizou o governo (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
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Fustigado por uma queda de popularidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca estratégias para reverter a situação, semelhante à crise do Mensalão em 2005. Recentemente, ele anunciou o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda e do Auxílio Gás, medidas que visam impactar positivamente o bolso dos eleitores. Além disso, Lula promoveu mudanças na comunicação e na articulação política do governo, mantendo a liderança do PT nas nomeações.
A pesquisa Datafolha revelou que 38% dos entrevistados consideram o governo atual ruim ou péssimo, o segundo pior índice em seus três mandatos. Apenas 29% avaliam a gestão como ótima ou boa, um patamar similar ao de 2005, durante a crise do Mensalão. Naquela época, Lula implementou mudanças na Secretaria de Comunicação e na pasta de Relações Institucionais, estratégias que agora são reeditadas com novas nomeações, como a de Sidônio Palmeira e Gleisi Hoffmann.
Analistas apontam que Lula parece governar "olhando para o retrovisor", buscando soluções do passado em um cenário político e econômico diferente. O historiador Lincoln Secco observa que a atual conjuntura apresenta desafios que dificultam a interpretação das necessidades do momento. Apesar da pressão para incluir mais integrantes de fora do PT, a percepção é de que o governo está "acuado" e não pode ceder mais espaço ao Centrão.
O governo já remanejou R$ 3 bilhões para incrementar o Auxílio Gás, renomeado como "Gás para Todos", mas teve que reduzir o orçamento do Bolsa Família devido a exigências fiscais. O secretário-geral do PT, Henrique Fontana, defende que as mudanças visam garantir a assertividade na agenda do governo, destacando que a escolha de Gleisi para a articulação política não está relacionada à política econômica, mas à necessidade de avançar em propostas como o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda.
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