10 de abr 2025
Liberdade de expressão nos EUA enfrenta desafios para estudantes estrangeiros sob Trump
A liberdade de expressão nos EUA, garantida pela Primeira Emenda, enfrenta novos desafios com o monitoramento de estudantes estrangeiros.
Manifestantes, estudantes e policiais dividem a calçada diante de um dos portões de acesso ao campus de Morningside Heights da Universidade Columbia (Foto: Spencer Platt/Getty Images/AFP)
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A Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos assegura a liberdade de expressão a todos no território americano, incluindo não cidadãos. Essa proteção é evidenciada em questões de cidadania que não utilizam o termo "cidadão", destacando que todos têm direitos, como a liberdade de expressão. No entanto, a administração Trump alterou a interpretação dessa liberdade para estudantes estrangeiros, implementando o monitoramento de redes sociais para verificar críticas aos Estados Unidos e a Israel, enquanto críticas a outros países não são alvo de vigilância.
De acordo com o New York Times, essa nova política resultou no cancelamento de vistos de mais de quinhentos estudantes estrangeiros, a maioria sem acusações criminais. No ano letivo de 2023 a 2024, os Estados Unidos registraram um recorde de 1.126.290 estudantes estrangeiros em suas universidades, com a maior presença de alunos da China e da Índia, seguidos por sul-coreanos e brasileiros, que ocupam a nona posição na lista.
A busca por educação superior nos Estados Unidos é um objetivo para muitos jovens de diversas partes do mundo, incluindo América Latina, África e Ásia. No entanto, as recentes ações da administração Trump podem desencorajar esses estudantes, que temem represálias ao expressar opiniões críticas em redes sociais ou participar de protestos. Essa situação gera um ambiente de insegurança, onde a proteção da Primeira Emenda parece não se aplicar na prática.
Durante um painel na Universidade Columbia, observou-se que o campus, antes acessível, agora se assemelha a um posto de imigração. A experiência de estudantes que escolheram universidades americanas, como a de duas décadas atrás, pode não se repetir, levando muitos a considerar instituições no Canadá ou na Europa como alternativas viáveis.
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