10 de abr 2025
Lula defende maior integração na Celac em meio a tensões comerciais globais
Lula defende integração na Celac, mas enfrenta críticas de Nicarágua e Argentina sobre tarifas dos EUA. Trump recua temporariamente sob pressão empresarial.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Roberto Schmidt/AFP)
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, solicitou, em reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), uma maior integração comercial entre os países da região. Ele destacou que o Brasil atualmente realiza mais comércio com os vizinhos latino-americanos do que com os Estados Unidos, o que se torna uma alternativa viável em meio a tensões comerciais globais. A proposta de Lula, no entanto, encontrou resistência de países como Nicarágua e Argentina, que criticaram as tarifas elevadas impostas pelo governo dos EUA.
Durante o encontro, a declaração que abordou as tarifas americanas gerou dissidências, com a Nicarágua, sob um regime autocrático de esquerda, e a Argentina, sob uma liderança de extrema direita, se posicionando contra. O Paraguai também manifestou discordância, embora em um contexto diferente. Em meio a esse cenário conturbado, Donald Trump, pressionado por empresários, especialmente do setor de tecnologia, recuou temporariamente nas tarifas, o que beneficia os países da Celac que se opõem a essas medidas.
O recuo de Trump é considerado temporário, já que as sobretaxas de dez por cento continuam a ser aplicadas globalmente. A situação é complexa, pois, além das tarifas já existentes, os países enfrentam um cenário de incertezas econômicas, com as bolsas de valores apresentando oscilações significativas. A expectativa é que essa mudança de postura do presidente dos EUA possa sinalizar uma abordagem mais conciliatória em relação a outros países, incluindo a China.
A crescente integração comercial na América Latina reflete um movimento global de fortalecimento do comércio local, em resposta a um ambiente internacional instável. A proposta de Lula para a Celac visa não apenas aumentar as trocas comerciais entre os países da região, mas também criar um bloco mais coeso frente às pressões externas, especialmente das potências econômicas.
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