10 de abr 2025

Nova Zelândia celebra a rejeição de proposta que ameaçava direitos indígenas
Políticos da Nova Zelândia celebram a rejeição de proposta que ameaçava direitos indígenas, após protestos massivos da comunidade Māori.
Foto:Reprodução
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O projeto de lei que visava redefinir os termos do Tratado de Waitangi foi rejeitado no Parlamento da Nova Zelândia, com uma votação de 112 a 11. A proposta gerou uma onda de protestos, especialmente entre a comunidade Māori, que se mobilizou em massa contra a iniciativa. O ministro das Relações Māori, Tama Potaka, declarou o dia como "dia da cremação" do projeto, celebrando sua derrota.
O Tratado de Waitangi, assinado no século XIX, formalizou a colonização britânica e garantiu direitos de terras e costumes aos Māori. O proponente da lei, David Seymour, argumentou que era necessário definir os princípios do tratado em uma legislação, ao invés de depender de decisões judiciais. No entanto, críticos afirmaram que a proposta poderia prejudicar os direitos indígenas e a coesão social.
Durante a votação, políticos de diferentes partidos se uniram em uma celebração, cantando uma canção Māori, ou Waiata, após a rejeição do projeto. A líder do Partido Trabalhista, Chris Hipkins, descreveu a proposta como um "stain on the country" (mancha no país), enquanto o deputado Hana-Rāwihti Maipi-Clarke afirmou que o projeto foi "absolutamente aniquilado".
Apesar da derrota, Seymour se comprometeu a continuar lutando por mudanças na legislação. A ausência do primeiro-ministro Christopher Luxon durante a votação foi criticada, especialmente por aqueles que participaram da campanha contra o projeto, que recebeu um número recorde de 300 mil submissões.
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