Política

Lula registra o menor número de reuniões com parlamentares em 28 meses de governo desde 2012

Lula registra o menor número de reuniões com parlamentares em 28 meses de governo, mas mudanças na articulação política podem reverter o cenário.

Lula tem recebido menos parlamentares do que seus antecessores no cargo (Foto: Wilton Júnior/Estadão)

Lula tem recebido menos parlamentares do que seus antecessores no cargo (Foto: Wilton Júnior/Estadão)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva registrou apenas 96 encontros com parlamentares nos primeiros 28 meses de seu governo, o menor número desde a implementação da Lei de Acesso à Informação em 2012. Em comparação, seu antecessor, Jair Bolsonaro, teve 502 reuniões no mesmo período. A Secretaria de Relações Institucionais afirmou que Lula mantém contato com congressistas em viagens e encontros informais, priorizando o diálogo em temas relevantes como a Reforma Tributária.

Em 2023, Lula teve 47 agendas com parlamentares, número que se manteve em 42 no ano seguinte. Até abril de 2025, foram apenas sete encontros adicionais, totalizando 96 interações. A maioria das reuniões envolveu deputados e senadores do Partido dos Trabalhadores (PT), com raras exceções de líderes de outros partidos. O professor de Ciência Política Leandro Consentino destacou que essa postura pode dificultar a aprovação de pautas prioritárias e impactar a reeleição de Lula em 2026.

A insatisfação com o distanciamento do presidente em relação ao Legislativo é evidente entre membros da base governista. O deputado federal Mário Heringer, líder do PDT, afirmou que Lula está mais distante do Congresso do que em mandatos anteriores, o que contribuiu para derrotas em votações. No entanto, há expectativa de que o presidente aumente a frequência das reuniões após sua recente viagem ao Japão e a nomeação de Gleisi Hoffmann como nova articuladora política.

Gleisi, presidente do PT, é vista como uma "articuladora profissional" e pode ajudar a reabrir canais de diálogo com o Congresso. A mudança ocorre em um momento crítico, com projetos importantes em tramitação, como a PEC da Segurança Pública e a reforma tributária. A relação entre o Executivo e o Legislativo está em transformação, com um Congresso mais fortalecido e menos dependente do governo para a liberação de recursos.

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