Política

Moradores de Saco do Mamanguá reagem à demolição de imóveis em área de proteção ambiental

Moradores da comunidade caiçara Saco do Mamanguá, em Paraty, estão em conflito com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) após a demolição de imóveis na região. Entre os dias 1º e 3 de outubro, o Inea derrubou construções na praia, gerando indignação entre os habitantes locais, que alegaram não ter recebido aviso prévio e relataram a ação como violenta. Durante uma reunião, um morador expressou sua revolta, afirmando que nunca havia presenciado algo semelhante. O Inea justificou a demolição, afirmando que os imóveis estavam localizados em área de proteção ambiental e que se tratavam de construções irregulares inacabadas que poderiam se tornar estabelecimentos comerciais. No entanto, a população questiona a falta de comunicação do órgão sobre o que poderia ser construído na área. O prefeito de Paraty, Zezé Porto, também se manifestou, informando que não foi notificado e solicitou a suspensão das demolições até que a situação seja esclarecida. A Defensoria Pública do estado deu um prazo de 15 dias para que o Inea forneça explicações sobre a operação. Em nota, o Inea negou que tenha demolido casas, como afirmam os moradores, e destacou que a corregedoria do órgão foi acionada, mas não encontrou irregularidades na ação. Além das demolições, o Inea relatou ter encontrado material para caça ilegal de animais silvestres em uma das residências vistoriadas. O Saco do Mamanguá, localizado a 250 quilômetros do Rio de Janeiro, é uma região com oito quilômetros de extensão, 33 praias e oito comunidades caiçaras que dependem da pesca, agricultura e turismo.

Predio do Inea no Rio (Foto: Reprodução)

Predio do Inea no Rio (Foto: Reprodução)

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Inea derruba construções em área de proteção ambiental em Paraty e gera revolta

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) realizou demolições de construções na praia do Saco do Mamanguá, em Paraty, entre os dias 1º e 3 de outubro, provocando críticas da comunidade caiçara local. A ação, considerada violenta por moradores, ocorreu sem aviso prévio, segundo relatos.

População local denuncia falta de comunicação e excesso de força

Caiçaras relataram surpresa e indignação com a forma como a demolição foi conduzida. “Para a gente, foi muito violento. Nunca vi nada assim”, afirmou uma moradora durante reunião com representantes do Inea e do Instituto Chico Mendes (ICMbio). A população alega que não recebeu informações sobre irregularidades ou orientações sobre o que poderia ser construído na área.

Associação de moradores e prefeitura questionam atuação do Inea

Gil Corrêa, presidente da Associação de Moradores e Amigos do Mamanguá, criticou a falta de comunicação do órgão estadual. O prefeito de Paraty, Zezé Porto, também manifestou insatisfação por não ter sido informado sobre a operação e solicitou a suspensão das ações.

Defensoria Pública solicita esclarecimentos sobre a operação

A Defensoria Pública do estado do Rio de Janeiro concedeu um prazo de 15 dias para que o Inea apresente esclarecimentos sobre as demolições. O objetivo é entender os critérios utilizados e garantir os direitos da população local.

Inea justifica ação e nega demolição de residências

Em nota, o Inea informou que a demolição se restringiu a construções irregulares inacabadas, destinadas a estabelecimentos comerciais, na área da Reserva Ecológica Estadual da Juatinga. O instituto negou ter demolido casas e acionou a corregedoria para investigar denúncias de irregularidades, sem encontrar nenhuma até o momento.

Operação apreende material de caça ilegal em residência

Durante a vistoria, o Inea encontrou material utilizado para a caça ilegal de animais silvestres em uma residência próxima à área de demolição. O Saco do Mamanguá, localizado a 250 quilômetros do Rio de Janeiro, possui oito comunidades caiçaras e é conhecido por suas 33 praias e beleza natural.

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