21 de abr 2025
Representantes pedem a Vance que rejeite reforma da Smithsonian após ordem de Trump
Quatro membros da Câmara dos Representantes dos EUA enviaram uma carta ao Vice Presidente J.D. Vance, solicitando que ele rejeite uma ordem do ex presidente Donald Trump. Essa ordem, intitulada “Restaurando a Verdade e a Sanidade na História Americana”, visa eliminar conteúdos considerados “divisivos” e “anti americanos” das exposições do Smithsonian Institution, além de restaurar monumentos removidos desde 2020. Os parlamentares expressaram preocupação com o futuro do Smithsonian, destacando a importância da curadoria independente que tornou a instituição uma referência mundial. Eles enfatizaram que a interferência política pode comprometer a credibilidade dos museus e instituições culturais. A carta foi assinada por Joseph Morelle (Nova York), Terri Sewell (Alabama), Norma Torres (Califórnia) e Julie Johnson (Texas), todos membros do Comitê de Administração da Câmara, que supervisiona o Smithsonian. A instituição, criada pelo Congresso em mil oitocentos e quarenta e seis, é financiada em grande parte por verbas federais e possui um orçamento anual superior a R$ 1 bilhão. A nova ordem confere a Vance, que também faz parte do conselho de regentes do Smithsonian, a autoridade para decidir o que é considerado “impróprio”. A medida gerou críticas de profissionais de arte e historiadores, que temem que a visão de um único indivíduo molde o futuro da instituição. A assessoria de Vance defendeu a ordem, afirmando que ela visa restaurar o patriotismo na história americana.
O Museu Nacional de História Natural do Smithsonian. (Foto: Kevin Dietsch/Getty Images)
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Quatro membros da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos pediram ao Vice-Presidente J.D. Vance que rejeite uma revisão do Smithsonian Institution, na última quinta-feira. A solicitação ocorre em resposta à ordem de Donald Trump, intitulada “Restaurando a Verdade e a Sanidade à História Americana”, emitida em 27 de março. O objetivo da ordem é eliminar conteúdos considerados “divisivos” e “anti-americanos” das exposições do Smithsonian e restaurar monumentos removidos de espaços públicos desde 2020.
A carta enfatiza os esforços bipartidários que levaram à criação do Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana, do Museu de História das Mulheres Americanas e do Museu Nacional Latino-Americano. A independência curatorial é o principal diferencial de instituições culturais credíveis, segundo os autores da carta.
Os congressistas Joseph Morelle (Nova York), Terri Sewell (Alabama), Norma Torres (Califórnia) e Julie Johnson (Texas), membros do Comitê de Administração da Câmara, que supervisiona o Smithsonian, alertam para o risco de o museu ser moldado pela ideologia de um único indivíduo. A ordem executiva concede a Vance autoridade para determinar o conteúdo “impróprio” no Smithsonian, onde ele também atua como membro do conselho de regentes.
Fundado pelo Congresso em 1846, o Smithsonian é uma instituição federal que abriga 21 museus, 14 bibliotecas e centros de pesquisa, além do Zoológico Nacional. A instituição recebe 62% de seu orçamento anual, superior a 1 bilhão de dólares, por meio de dotações parlamentares, subsídios federais e contratos governamentais.
A ordem de Trump gerou críticas de profissionais da arte e historiadores, incluindo membros da Associação Americana de História. Taylor Van Kirk, secretária de imprensa de Vance, defendeu a medida, afirmando que Trump está restaurando o patriotismo e o orgulho na história americana, protegendo os contribuintes de ideologias divisivas.
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