22 de abr 2025
Comunidade brasileira em Braga teme represálias após assassinato e prisão de suspeito
Após assassinato em Braga, comunidade brasileira teme represálias e estigmatização. Presidente da UAI busca diálogo com autoridades para evitar generalizações.
Letreiro com nome da cidade no centro de Braga (Foto: Viktor Levit/Pixabay/Divulgação)
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Brasileiros que vivem em Braga, Portugal, expressam preocupação com possíveis represálias e aumento da xenofobia após o homicídio de Manuel Gonçalves, de 19 anos, e a prisão de Mateus Machado, de 27 anos, indiciado pelo crime. A prisão preventiva do brasileiro foi decretada no último sábado, gerando apreensão na comunidade.
Relatos indicam uma mudança no ambiente da cidade, com atos de violência e hostilidade direcionados a brasileiros. Um morador, que preferiu não se identificar, relatou que um bar foi incendiado e fechado temporariamente após a morte de Manuel. Ele questiona a falta de verificação do histórico do suspeito pelas autoridades portuguesas.
Alexandra Gomide, presidente da UAI (União de Apoio à Imigração), informou ter recebido mensagens de brasileiros demonstrando apreensão. “A maior preocupação é que enxerguem toda a comunidade com um único olhar”, declarou. Segundo ela, a generalização é injusta, pois o suspeito é apenas um indivíduo.
Braga conta com 21 mil imigrantes, sendo a maioria de nacionalidade brasileira. Muitos são famílias que buscam segurança para seus filhos. Gomide planeja se reunir com autoridades para discutir o caso e evitar que a situação se agrave. “Estes episódios são pontuais e não são direcionados a brasileiros”, afirmou.
Rafael Vasconcelos, que foi vítima de violência e xenofobia em fevereiro, mudou-se para Lisboa, mas ainda toma precauções ao retornar a Braga. Ele observa um aumento da violência na cidade, independentemente da nacionalidade. A cabeleireira Isabella Guedes afirma que a intolerância contra brasileiros já era crescente, com relatos de ofensas e discriminação.
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