22 de abr 2025
Drex gera polêmica ao prometer controle financeiro e privacidade no sistema bancário brasileiro
Drex gera polêmica: críticos temem controle governamental sobre finanças, enquanto Banco Central garante privacidade e segurança nas transações.
Drex, do Banco Central (Foto: Arte/Valor)
Ouvir a notícia:
Drex gera polêmica ao prometer controle financeiro e privacidade no sistema bancário brasileiro
Ouvir a notícia
Drex gera polêmica ao prometer controle financeiro e privacidade no sistema bancário brasileiro - Drex gera polêmica ao prometer controle financeiro e privacidade no sistema bancário brasileiro
Drex: Projeto do Banco Central gera debate sobre controle financeiro
O projeto Drex, que visa criar uma infraestrutura regulada de tokenização para o sistema financeiro, tornou-se alvo de intenso debate político. A iniciativa, iniciada na gestão de Roberto Campos Neto e agora sob a coordenação de Gabriel Galípolo no Banco Central (BC), enfrenta críticas sobre o potencial controle governamental sobre as finanças dos cidadãos.
Críticas e preocupações sobre a iniciativa
Ex-deputado Eduardo Bolsonaro e outros políticos alegam que o Drex pode levar ao fim do papel-moeda e permitir que o governo monitore e bloqueie contas bancárias com facilidade. Uma petição liderada pela deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) expressa o receio de que o projeto conceda ao BC poder excessivo sobre a vida financeira dos brasileiros.
Decisão nos EUA impulsiona debate
A pauta anti-Drex ganhou força após a ordem executiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proibindo o desenvolvimento de uma moeda digital de banco central (CBDC) pelo Federal Reserve. O Drex envolve a criação de uma CBDC, uma representação digital do real em uma rede de registro distribuído (DLT).
BC garante privacidade e reafirma compromisso
O Banco Central esclarece que a CBDC do Drex não será destinada a pessoas físicas, mas sim utilizada para transferências e pagamentos entre bancos e a própria autoridade monetária. O coordenador do Drex no BC, Fabio Araujo, assegurou que a privacidade dos usuários é uma prioridade e que o projeto não ampliará o controle do BC sobre as finanças individuais.
Drex não substituirá o dinheiro em espécie
Araujo reforçou que não há intenção de eliminar o dinheiro em espécie, conforme já afirmado pelo ex-presidente do BC, Roberto Campos Neto. O objetivo é adicionar novas possibilidades ao sistema financeiro, sem descontinuar os serviços existentes.
Como funcionará a privacidade no Drex
Segundo o BC, os registros na rede DLT do Drex não serão identificáveis. A identificação do usuário ficará a cargo do banco, como já ocorre atualmente. Em caso de necessidade, informações seriam obtidas por meio de mandado judicial.
Visão do BC sobre CBDCs e stablecoins
O coordenador do Drex considera que a abordagem do BC se alinha à visão de Trump sobre as CBDCs e o desenvolvimento de stablecoins privadas, moedas digitais atreladas a moedas tradicionais. O real digital emitido pelo BC ficará nas reservas dos bancos, e os usuários movimentarão saldos transformados em reais digitais dentro das instituições financeiras.
Segurança e testes são prioridades
Araujo enfatiza a importância de garantir a segurança do sistema antes de implementá-lo para a população. Testes completos estão sendo realizados para assegurar a confiabilidade do Drex. O BC busca uma solução de privacidade que anonimize as transações, sem comprometer a capacidade de monitoramento em caso de irregularidades.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.