22 de abr 2025
Pope Francis reafirma que papado é para a vida após morte de Bento XVI
Pope Francis reafirma que a papalidade deve ser vitalícia, após a morte de Benedict XVI, e alerta sobre o risco de renúncias se tornarem comuns.
Pope Francis, à direita, abraça o Papa Emérito Bento XVI antes do início de uma reunião com fiéis idosos na Praça de São Pedro, no Vaticano, em 28 de setembro de 2014. (Foto: AP Photo/Gregorio Borgia, Arquivo)
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Papa Francisco reavalia renúncia papal após a morte de Bento XVI
O Papa Francisco, após a morte de seu antecessor Bento XVI, expressou preocupação com a possibilidade de renúncias papais se tornarem frequentes. A declaração reacende o debate sobre a permanência no cargo até a morte, prática comum por séculos.
Bento XVI surpreendeu o mundo em 2013 ao anunciar sua renúncia, um evento inédito em 600 anos. A decisão levantou questionamentos sobre a possibilidade de outros pontífices seguirem o mesmo caminho.
Inicialmente, Francisco manteve a possibilidade de renunciar aberta e chegou a preparar uma carta de renúncia. No entanto, o Papa mudou sua posição, afirmando acreditar que o papado deve ser vitalício.
Em sua autobiografia de 2024, “Vida: Minha História Através da História”, Francisco relatou ter ficado paralisado ao saber da renúncia de Bento XVI, considerando o ato inimaginável.
Bento XVI abriu um precedente
Apesar do choque inicial, Francisco reconheceu a coragem e a humildade de Bento XVI, que teria meditado e rezado antes de tomar a decisão. O Papa emérito, inclusive, defendia que um pontífice deveria renunciar caso estivesse impossibilitado de exercer suas funções devido à idade ou enfermidade.
Durante os dez anos em que conviveram no Vaticano, Francisco elogiou a atitude de Bento XVI, afirmando que ele havia “aberto a porta” para que outros papas também pudessem renunciar.
Mudança de postura e preocupação com o futuro
Após a morte de Bento XVI, Francisco demonstrou receio de que as renúncias papais se tornassem uma “moda” ou a norma. Ele confirmou ter uma carta de renúncia pronta, mas ressaltou que, no momento, não tem essa intenção.
“Acredito que o ministério do Papa é ad vitam (para a vida). Não vejo razão para que não seja assim”, declarou Francisco em fevereiro de 2023, em conversa com a comunidade jesuíta na República Democrática do Congo.
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